8048068 | A CONSTRUÇÃO DA PRÁXIS DA ENFERMEIRA OBSTÉTRICA NA ASSISTÊNCIA AO PARTO | Autores: Maria Aparecida Vasconcelos Moura|maparecidavas@yahoo.com.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro ; Giuliana Fernandes E Silva|giulianafernandes@hotmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro ; Ivis Emilia de Oliveira Souza|ivis@superig.com.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro ; Ana Beatriz Azevedo Queiroz|abaqueiroz@hotmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro ; Diana da Silva Gonçalves|silva.di@hotmail.com|enfermeira|mestranda Em Enfermagem|professora|escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Resumo: **Objetivo**: Discutir a práxis da enfermeira obstétrica egressa no parto normal no contexto de sua formação profissional. **Método**: Pesquisa qualitativa com 13 enfermeiras obstétricas egressas do curso de residência em duas maternidades públicas do Rio de Janeiro, Brasil. Dados coletados por entrevista individual, semiestruturada e análise pela hermenêutica dialética. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o Parecer n°1.472.357. **Resultados**: Constatou-se a valorização da residência no mercado de trabalho, em consonância com uma prática profissional que contrapõe o modelo hegemônico, determinando a consciência da enfermeira no processo prático evidenciado no produto de sua atividade frente às evidências científicas. Observou-se que o conhecimento teórico-prático adquirido durante a residência oferece subsídios para desenvolver a assistência. Algumas egressas evidenciaram uma dissociação entre a teoria e a prática, refletindo lacunas na formação teórica e dificuldade na divisão do campo prático, tornando a construção da filosofia da práxis tarefa difícil e complexa. Entretanto houve superação na construção da práxis profissional da enfermeira, que busca um movimento de mudança do modelo obstétrico e emancipação social da profissão que sustenta-se na humanização, desmedicalização e nas tecnologias não invasivas de cuidado de enfermagem obstétrica. **Conclusões**: Apesar dos contrassensos e dicotomias presentes no processo de formação da enfermeira obstétrica, houve uma convergência na construção de uma práxis profissional que visa à redução de intervenções obstétricas, refletindo diretamente na melhoria da qualidade da saúde materna. A superação no conhecimento e prática possibilitaram a constituição de uma práxis obstétrica integradora, consciente e dentro dos princípios éticos e humanizados na assistência ao parto normal. As enfermeiras apresentam seu conhecimento sustentado na prática assistencial e no conhecimento cientifico, utilizando-se do saber e fazer na assistência à mulher e ao recém-nascido contribuindo na mudança cultural, social e política do modelo obstétrico hegemônico.
Referências: GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. Volume 1 / Antonio Gramsci; edição e tradução, Carlos Nelson Coutinho. 8ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
VÁZQUEZ AS. Filosofia da práxis. São Paulo: Expressão popular, Brasil, 2011. |