Imprimir Resumo


20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 7896093


7896093

O IMPACTO DO DIAGNÓSTICO DE PARALISIA CEREBRAL PARA MÃE: ADAPTAÇÃO À CONDIÇÃO EXISTENCIAL

Autores:
Vera Lucia Freitag|verafreitag@hotmail.com|aluna de Pós-graduação|mestre Em Ciências da Saúde|estudante|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Viviane Marten Milbrath|vivianemarten@hotmail.com|professora|doutora Em Enfermagem|professora|universidade Federal de Pelotas ; Maria da Graça Corso da Motta|mottinha@enf.ufrgs.br|professora|doutora Em Enfermagem|professora|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Bibiana Sales Antunes|bibianaantunes@hotmail.com|aluna de Pós-graduação|mestre Em Enfermagem|estudante|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; María Esther Salazar López|maesalazar@hotmail.com|aluna de Pós-graduação|mestre Em Epidemiologia|estudante|universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Resumo:
# OBJETIVO: Compreender o impacto do diagnóstico de paralisia cerebral para a mãe da criança e adaptação à condição existencial. PERCURSO METODOLÓGICO: Pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológico-hermenêutica, desenvolvida com dez mãe-cuidadoras de crianças e adolescentes com necessidades especiais decorrentes da Paralisia Cerebral com idades entre 6 e 18 anos.  A coleta das informações ocorreu entre abril e junho de 2015, em uma Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), por meio da entrevista fenomenológica. A interpretação seguiu a hermenêutica de Ricoeur. RESULTADOS: O impacto do diagnóstico de paralisia cerebral faz com que a mãe necessite (re)organizar sua forma de ser e estar no mundo, para que consiga se adaptar ao filho e as necessidades especiais decorrentes da paralisia cerebral. As mães vivenciam as fases do luto pela perda da criança esperada, por estarem vivenciando como seres temporais um presente diferente do idealizado no passado. Dessa forma, para conseguirem cuidar da criança  (re)significam sua própria existência. CONCLUSÃO: Ao compreender o impacto do diagnóstico de paralisia cerebral para a mãe e o processo de adaptação à condição existencial foi possível realizar uma aproximação com a cotidianidade dessas mulheres, emergindo a reflexão sobre a vulnerabilidade de existir como ser humano exposto a diversas facticidades existenciais e a capacidade de superação. CONTRIBUIÇÃO PARA A PRÁTICA: é importante que os profissionais possibilitem uma escuta ativa e um diálogo cuidador a essas mulheres mães, compreendendo o processo existencial de ser mulher mãe e cuidadora de uma criança ou adolescente com necessidades especiais, pois assim, acredita-se ser possível construir estratégias de cuidado capazes de auxiliar essas mães no cuidado a seus filhos.


Referências:
BARBOSA, M. A. M.; CHAUD, M. N.; GOMES, M. M. F. Experiences of mothers of disabled children: a phenomenological study. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 21, n. 1, p. 46 - 52, 2008. BRITTO, I. T. História de vida das mães de crianças com paralisia cerebral - Jequié, 73 fl, 2012. GONDIM, K. M.; CARVALHO, Z. M. F. Sentimentos das mães de crianças com paralisia cerebral à luz da teoria de MISHELa. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, v. 16, n. 1, p. 11-16, 2012. HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. 8ª ed. Tradução de Márcia de Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis, Vozes, 2013. HEIDEGGER, M. Seminários de Zollinkon. Petrópolis: Vozes, 2009a. MILBRATH, V. M.; SOARES, D. C.; AMESTOY, S. C.; CECAGNO, D.; SIQUEIRA, H. C. H. Mães vivenciando o diagnóstico da paralisia cerebral em seus filhos. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 30, n. 3, p. 437 - 444, 2009b. MINAYO, M. C. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12ª. ed. - 1ª reimpressão, 2012. São Paulo: Hucitec, 2012. NEVES, E. T.; CABRAL, I. E. Empoderamento da mulher cuidadora de crianças com necessidades especiais de saúde. Texto & Contexto – Enfermagem, Florianópolis, v. 17, n. 3, p. 552 - 560, 2008. PETEAN, E. B. L., MURATA, M. P. F. Paralisia cerebral: conhecimento das mães sobre o diagnóstico e o impacto deste na dinâmica familiar. Paidéia: Cadernos de Psicologia e Educação, v. 10, n. 19, p. 40-46, 2000. RICOUER, P. O conflito das interpretações: ensaios de hermenêutica. Rio de Janeiro: Imago, 1978. ROSELLÓ, F. T. Antropologia do cuidar. Petrópolis: Vozes, 2009. SILVA, C. C. B.; RAMOS, L. Z. Reações dos familiares frente à descoberta da deficiência dos filhos/Reactions and feelings of families towards the discovery of the disability of their children. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, v. 22, n. 1, 2014. SIMÕES, S. M. F.; SOUZA, I. E. O. Um caminhar na aproximação da entrevista fenomenológica. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 5, n. 3, p.13-17, 1997.