7820263 | VIOLÊNCIA FÍSICA PERPETRADA PELO PARCEIRO ÍNTIMO E SUA ASSOCIAÇÃO COM FATORES SOCIOECONÔMICOS E REPRODUTIVOS | Autores: Thayna Souto de Lima Azevedo|thay.souto@hotmail.com|estudante|graduanda Em Enfermagem|estudante|universidade Federal do Espírito Santo ; Brenda Venturin|brendaventurin.enf@gmail.com|estudante|graduanda Em Enfermagem|estudante|universidade Federal do Espírito Santo ; Tamires Paulo Ceccon|tamires.pc@hotmail.com|estudante|graduanda Em Enfermagem|estudante|universidade Federal do Espírito Santo ; Franciéle Marabotti Costa Leite|francielemarabotti@gmail.com|professora|doutoranda Em Epidemiologia|professora|universidade Federal do Espírito Santo |
Resumo: **Objetivos: **Estimar a prevalência da violência física contra a mulher cometida pelo parceiro íntimo, ao longo da vida, e sua associação com fatores socioeconômicos e reprodutivos.** Método:** Estudo epidemiológico, do tipo transversal. Utilizou-se o banco de dados de uma coleta realizada no período de agosto de 2017 a junho de 2018 em um Hospital Universitário do município de Vitória, onde foram entrevistadas 260 mulheres entre 20 a 59 anos. Para identificar o desfecho em estudo (violência física ao longo da vida), foi utilizado o instrumento da Organização Mundial da Saúde e um formulário contendo as variáveis relacionadas às características reprodutivas e comportamentais da mulher. A análise dos dados foi feito por meio do Stata 13.0, onde foi realizado o teste Qui-quadrado de Pearson e o modelo de Regressão de Poisson. **Resultados: **A prevalência de violência física, ao longo da vida, perpetrada pelo parceiro íntimo foi de 24,6% (IC 95%: 19,7 – 30,3). Observam-se maiores frequências desse agravo entre mulheres de menor escolaridade (até oito anos de estudo), que atualmente tem companheiro, cuja coitarca aconteceu antes dos 15 anos, que tiveram quatro ou mais parceiros sexuais na vida e cujo parceiro já se recusou ao uso do preservativo durante a relação sexual (p<0,05). **Conclusão: **Os resultados mostraram a alta prevalência da violência física contra as mulheres perpetradas pelo parceiro íntimo, e que esse agravo se mostra associado a determinados fatores socioeconômicos e reprodutivos da mulher. **Contribuições ou implicações para a Enfermagem: **Tal estudo permite o conhecimento do enfermeiro quanto à violência contra a mulher, e, demonstra a importância de se rastrear esse fenômeno nos atendimentos realizados a essa clientela, de modo, a contribuir para a identificação e ruptura desse grave problema social e de saúde.
Referências: Organização Mundial da Saúde. Prevenção da violência sexual e da violência pelo parceiro íntimo contra a mulher: ação e produção de evidência. Brasília (DF): OMS/OPAS; 2012; Gregory, A. et al. Primary Care Identification and Referral to Improve Safety of women experiencing domestic violence (IRIS): protocol for a pragmatic cluster randomized controlled trial, BMC Public Health. 2010; 10:54; Vieira, EM et al, Fatores associados à violência física por parceiro íntimo em usuárias de serviços de saúde. Rev Saúde Pública, 2011; 45(4): 730-737; Leite, FMC, et al. Violência contra a mulher em Vitória, Espírito Santo, Brasil. Rev. Saúde Pública, 2017; 51(33). |