7139933 | O AUTOCUIDADO EM PACIENTES COM ESTOMIA INTESTINAL À LUZ DE
DOROTHEA OREM: DA REFLEXÃO AO ITINERÁRIO TERAPÊUTICO | Autores: Wanderson Alves Ribeiro|enf.wandersonribeiro@gmail.com|enfermeiro|mestre Pelo Programa Acadêmico Em Ciências do Cuidado Em Saúde da Eeaac/uff|professos Substituto do Departamento Fundamental de Enfermagem|ufrj ; Marilda Andrade||vice-diretora, Professora Associada Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da Uff|doutora Em Enfermagem. Vice-diretora, Professora Associada Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da Uff|doutora Em Enfermagem. Vice-diretora, Professor |
Resumo: A pessoa estomizada é toda aquela que é subordinada a uma intervenção
cirúrgica com exteriorização do sistema digestório, respiratório e urinário,
criando uma abertura artificial exteriorizada denominado estoma.1A confecção
de uma estomia resulta em mudanças na rotina da pessoa, que serão evidenciadas
em todos os níveis da sua vida, onde pode-se citar as necessidade de
realização do autocuidado para manutenção da qualidade de vida e rotina de
atividade diárias deste paciente.2 No que tange ao autocuidado, Orem refere
que todos os seres humanos têm potencial para desenvolver suas habilidades
intelectuais e práticas, além da motivação essencial para o autocuidado.3
Refere ainda que o autocuidado tem como propósito o desempenho ou prática de
atividades que os indivíduos realizam em seu benefício para manter a vida, a
saúde e seu bem estar.4 O modelo propõe que todos os pacientes sejam
encorajados a cuidar de si próprios e tenham participação ativa no processo de
cuidados. Diante da problemática apresentada pode-se destacar como objeto de
estudo o autocuidado do paciente estomizado a luz de Dorothea Orem.5 Esta
pesquisa teve como objetivo: Discutir o autocuidado realizado pelo paciente
estomizado à luz de Dorothea Orem. Em relação ao Método, tratou-se de um
estudo exploratório descritivo, tendo como fonte de informação a pesquisa de
campo e abordagem qualitativa sobre o autocuidado realizado pelo paciente
estomizado em um município da Metropolitana II e foi realizada no Núcleo de
Atenção à Saúde da Pessoa Estomizada no Hospital Orêncio de Freitas no
município de Niterói, estado Rio de Janeiro. Os participantes foram os
pacientes atendidos por demanda livre e agendados, que se enquadraram nos
critérios de inclusão e aceitem, de livre e espontânea vontade, participar
desta pesquisa. A coleta de dados foi realizada através de entrevista com
roteiro semiestruturado, com gravação em áudio para melhor tratamento e
transcrição dos dados posteriormente e, por sua vez, analisou-se os dados na
ótica de Dorothea Orem. Como resultados deste estudo, frente às
características dos 32 sujeitos participantes, vislumbrou-se prevalência das
estomias intestinais no sexo masculino, em sua grande maioria advinda do
diagnóstico de câncer de reto, tendo evidencia significativa a baixa
escolaridade dos sujeitos e, por sua vez, baixa remuneração familiar que pode
ser visto com um grande ofensor para execução do autocuidado. Entretanto, os
sujeitos da pesquisa evidenciaram que passam a viver melhor quando compreendem
e aceitam o estoma e esse processo pode ser facilitado pelo enfermeiro, por
meio da Consulta de Enfermagem, sobretudo quando adota na sua prática
assistencial a teoria de autocuidado de Dorothea Orem, a qual preconiza três
atividades: contato inicial com o paciente que demanda o cuidado que se traduz
em um sistema que contempla as exigências terapêuticas e os meios de auxílio;
continuidade desse contato para o desenvolvimento de ações de enfermagem,
sendo inclusos os familiares ou responsáveis pelo cuidado para a atuação nos
momentos atuais e futuros; e o estágio de preparação do paciente para conduzir
ações de cuidado de maneira independente. Nessa fase, tanto o paciente quanto
os familiares já estão treinados em relação aos cuidados básicos para
realização da higiene e troca dos dispositivos intestinais, entre outros
cuidados necessários. Por conseguinte, evidencia-se a importância da
utilização do referencial teórico de Orem para a abordagem desta clientela,
com a finalidade de ajudá-la a resolver seus déficits de autocuidado,
fornecendo-lhes informações úteis, apoio emocional e psicológico. Portanto, é
por meio do sistema de apoio-educação, que compõe a teoria dos sistemas de
enfermagem, que este processo pode tonar-se eficaz.
Referências: 1. AGUIAR, E. S. S. et al. Complicações o estoma e pele periestoma em pacientes com estomias
intestinais. Rev. Estima, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 22-23, abr./maio/jun. 2011.
2.CEREZETTI, C. R. N. Orientações Psicológicas e capacidade reativa de pessoas ostomizadas
e seus familiares. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 332-339. 2012.
3.OREM, D., E. Nursing: concepts of practice. 3rd ed. Traduzido por Fernando Volkmer.
New York: McGraWHill Company; 1980.
4.Orem, D., E. Nursing: Concepts of practice ( 6 th) ed. St. Louis, MO:Mosby
5OREM, D. ,E. Nursing: concepts of pratice. 6 ed. Sant Louis: Mosby, 1991. |