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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 7138511


7138511

ESTUDANTES NEGRAS TRABALHADORAS INGRESSANTES NA ESCOLA DE ENFERMEIRAS RACHEL HADDOCK LOBO (1948-1961)

Autores:
Tatiane da Silva Campos|tatianedascampos@gmail.com|enfermeira|mestre Em Saude|professora Assistente|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Natália Guedes Pereira|enf.nattaliaguedes@outlook.com|enfermeira|graduação Em Enfermagem|enfermeira|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Maria Lelita Xavier|lely108@hotmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Adjunta|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Maritza Consuelo Ortiz Sanchez|morsa_peru@yahoo.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Adjunta|universidade Federal Fluminense ; Joyce Martins Arimatea Branco Tavares|joyarimatea@yahoo.com.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Assistente|universidade do Estado do Rio de Janeiro

Resumo:
**Introdução:** Trata-se uma pesquisa cujo tema é a caracterização das estudantes negras trabalhadoras ingressantes na Escola de Enfermeiras Rachel Haddock Lobo (EERHL) no período de 1948-1961. **Objetivo:** Caracterizar as estudantes negras trabalhadoras ingressantes na EERHL no período de 1948-1961. **Metodologia:** quantitativa, descritiva do tipo documental na perspectiva histórica. Fonte primária: Banco de dados das seguintes pesquisas: Biografia coletiva: Enfermeiras do Brasil (1923-1961). Fontes secundárias: dissertações, teses, livros e artigos. Para a coleta de dados utilizou-se formulário com variáveis de interesse deste estudo. Os critérios de inclusão foram alunas negras, pardas e morenas trabalhadoras; os dados foram tratados por estatística simples e descritiva, com o auxílio do editor de planilhas Microsoft Excel e representados através de tabelas. **Resultados:** Levantou-se 455 registros de alunas, onde 83 alunas eram negras, 13 eram trabalhadoras, e ingressaram na escola nos seguintes anos: uma em 1949, uma em 1952, cinco em 1953, uma em 1956, uma em 1957, duas em 1960 e duas em 1961. As alunas trabalhadoras negras eram jovens entre 19 e 27 anos, solteiras e sem filhos, três com responsabilidade financeira familiar e em sua maioria católica e nordestina. **Conclusão:** Ao caracterizar as estudantes negras trabalhadoras ingressantes na Escola de Enfermeiras e correlacionar com o contexto da época observa-se que esta foi duplamente excludente. Além de mulheres eram mulheres negras que passaram por esse processo com mais restrições que as mulheres brancas. **Contribuições para enfermagem**: Este trabalho proporciona reflexões sobre o perfil do profissional construído ao longo da história e que o racismo no Brasil ainda está presente na sociedade, seja no olhar, nas palavras, fatos ou até mesmo em coisas já enraizadas que precisamos desconstruir.


Referências:
Referências: Brasil. Lei nº 4.024de20 de dezembro de 1961. Lei de diretrizes e bases para educação; Brasil. Resolução nº510, de 07 de abril de 2016. Ética na pesquisa na área de ciências humanas e sociais: conquistas dos pesquisadores; SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil (1870-1930). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.