7088497 | A TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL NA ÁREA PROGRAMÁTICA 2.1 DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO | Autores: Eduardo Mesquita Peixoto|teachereduardo@outlook.com|enfermeiro|mestrando|bolsista de Demanda Social Capes|ppgeng-unirio ; Luciane de Souza Velasque|luciane.velasque@uniriotec.br|estatística|doutora|professora|unirio ; Luiz Carlos Santiago|luisolitrio@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor|unirio ; Liszety Guimarães Emmerick|liszety@gmail.com|enfermeiro|mestrando|bolsista de Demanda Social Capes|ppgeng-unirio |
Resumo: **Introdução:** A ocorrência da mortalidade infantil depende de fatores não apenas clínicos, mas também sociais como educação e renda materna. Os bairros da Área Programática (AP) 2.1 do Município do Rio de Janeiro tem acesso heterogênio a serviços sociais e de saúde representado pela variação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos bairros da AP. Emerge então a questão de pesquisa: Será que a disparidade social observada entre os bairros se relaciona com a ocorrência de óbitos infantis? **Objetivo:** Investigar as ocorrências das mortes infantis entre 2010 e 2017 no contexto do desenvolvimento social dos bairros integrantes da da AP 2.1 do Município do Rio de Janeiro . **Metodologia:** Tratou-se de um estudo ecológico, cujo método foi quantitativo, com dados secundários. Os dados foram coletados no TABNET-RIO e no _site _do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística relativos ao Censo de 2010. A análise inferencial foi realizada por meio de teste de correlação de Spearman e teste de Kruskal-Wallis. O nível de significância foi de 10%. **Resultados:** A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) está correlacionada numericamente com o Índice de Desenvolvimento Humano (p=0,08), RHO= 44.46% . Cosme velho, Leme, Rocinha e Vidigal são os bairros com as maiores taxas respectivamente no período. A análise inferencial apontou que a taxa não diferiu de forma significativa entre os anos (p=0.9749). A TMI diferiu fortemente entre os bairros (p=0.00000443). **Conclusão: **O investimento na atenção ao pré-natal e no manejo das afecções do período neonatal através da ESF é essencial para redução da TMI. Porém as políticas sociais retrocedem em acesso à educação,à saúde,aos direitos trabalhistas e previdenciários colocando indiretamente a sobrevivência de crianças vulneráveis em cheque. Embora existam diferenças significantes entre os bairros da mesma AP, estes estão sob a mesma meta e plano.
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