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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 6952953


6952953

AMBIENTE DE PRÁTICA PROFISSIONAL E QUALIDADE DO CUIDADO: DESAFIOS PARA A ENFERMAGEM

Autores:
Ana Maria Muller de Magalhães|anamagalhaes47@hotmail.com|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Caren de Oliveira Riboldi|criboldi@hcpa.edu.br|enfermeiro|mestre|enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Doutoranda do Programa de Pós- Graduação Em Enfermagem - Ufrgs|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Gisele Möller|moller.gisele@gmail.com|enfermeiro|especialista|enfermeira do Hospital Ernesto Dorneles - Mestranda do Programa de Pós- Graduação Em Enfermagem - Ufrgs|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Angélica Kreling|angelicakreling@gmail.com|enfermeiro|mestre Em Enfermagem|enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre|hospital de Clínicas de Porto Alegre ; Amanda da Silveira Barbosa|amanda.poa@hotmail.com|enfermeiro|graduado Em Enfermagem|enfermeira|universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo:
**Objetivo**: Discutir a repercussão das características do ambiente de prática profissional da enfermagem para os resultados de qualidade assistencial. **Método**: Reflexão teórica fundamentada em evidências relacionadas à temática. **Resultados**: Uma das explicações comumente utilizadas para justificar um cuidado de enfermagem de baixa qualidade (_poor care)_ é a escassez de recursos humanos, a qual influencia na satisfação e segurança do paciente. Especialmente nos hospitais, um menor quantitativo de enfermeiros tem representado piores resultados de qualidade, como baixo índice de adesão à higiene de mãos e aumento do percentual de quedas, lesão por pressão e infecções. Os quadros reduzidos de pessoal também impactam na priorização dos cuidados a serem prestados. Diante deste contexto, a prioridade torna-se o tratamento médico e o tempo dispensado para conforto, educação e discussão dos cuidados à beira do leito permanece restrito. No Brasil, devido ao número limitado de enfermeiros e aspectos da organização hierárquica profissional, estes assumem funções de “liderar e/ou coordenar” os cuidados na equipe, delegando para auxiliares e técnicos de enfermagem as atividades assistenciais diretas. Por sua vez, estes profissionais, em virtude da carga de trabalho e dimensionamento inadequado, priorizam ações terapêuticas em detrimento das necessidades de higiene, conforto, mobilidade e nutrição. Na medida em que a enfermagem assume prioritariamente cuidados técnicos, tende a distanciar-se de valores primordiais e não constrói um ambiente de cuidado compassivo, ou seja, voltado para o atendimento integral. **Contribuições para a Enfermagem:** Um dos grandes desafios a ser enfrentado na enfermagem moderna é a não normalização do cuidado de baixa qualidade. As reflexões e investigações sobre o ambiente de prática, carga de trabalho, qualificação e dimensionamento da equipe de enfermagem podem subsidiar os gestores na retomada de valores profissionais com vistas a melhorias na qualidade do cuidado.


Referências:
1. Norman I, Griffthis P. Nursing must acknowledge and address systemic problems which lead to poor care. International Journal of Nursing Studies 2019; 91:108-109. 2. Aiken LH, Cimiotti JP, Sloane DM, Smith HL, Flynn L, Neff DF. The effects of nurse staffing and nurse education on patient deaths in hospitals with different nurse work environments. Med Care. 2011;49(12):1047-53. 3. Aiken LH, Sloane DM, Bruynell L, Van den Heede K, Sermeus W. Nurses’ report of work conditions and hospital quality of care in 12 countries in Europe. Int J Nurs Stud. 2013;50(2):143-53. 4.Magalhães AMM, Costa DG, Riboldi CO, Mergen T, Barbosa AS, Moura GMSS. Association between workload of the nursing staff and patient safety outcomes. Rev Esc Enferm USP. 2017;51:e03255.