6885066 | ACESSO ÀS REDES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA E ESPECIALIZADA NA EXPERIÊNCIA DE MULHERES COM HIV | Autores: Cristiane Cardoso de Paula|cristiane.paula@ufsm.br|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor Associado|ufsm/rs ; Raquel Einloft Kleinubing|raquel_e_k@hotmail.com|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor Voluntário|ufsm/rs ; Tassiane Ferreira Langendorf|tassi.lang@gmail.com|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor Adjunto|ufsm/rs ; Stela Maris de Mello Padoin|stelamaris_padoin@hotmail.com|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor Associado|ufsm/rs |
Resumo: ACESSO ÀS REDES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA E ESPECIALIZADA NA EXPERIÊNCIA DE MULHERES
COM HIV
Objetivo: desenvolver coletivamente ações para promoção do acesso de mulheres
com HIV na rede de atenção à saúde. Método: Pesquisa Participante com
entrevistas com 14 mulheres; observação participante de aspectos da
acessibilidade e utilização nos serviços de atenção primária (APS) e
especializado; e quatro encontros de grupo focal com profissionais e gestores.
A análise de conteúdo estruturou os resultados nos temas acessibilidade e
utilização. Resultados: Quanto a acessibilidade psicossocial, a comunicação
positiva mostrou que apoio, acolhimento, e orientações favorecem o seguimento
do tratamento e o retorno ao serviço de saúde. As barreiras de comunicação
indicaram que a baixa qualidade das informações repercute negativamente no
acesso. As barreiras culturais, como sigilo e preconceito, geram insegurança
para o acesso. Com relação à acessibilidade temporal, o tempo de espera
provoca insatisfação na rede. Na acessibilidade geográfica, a proximidade dos
serviços de APS e a disponibilidade de transporte para o serviço especializado
melhoram o acesso. Quanto à utilização, o primeiro contato com o serviço se
deu pela exposição ao HIV, adoecimento ou gestação. O acesso à APS ocorre via
transferência entre os serviços, indicação profissional ou pela própria
usuária; a APS responsabiliza-se por demandas não específicas da infecção. A
preferência pelo serviço especializado decorre da capacidade de suprir as
necessidades. A continuidade da utilização ocorre para acompanhamento de
problema de saúde antigo, prevenção e investigação de novo problema.
Conclusão: A construção coletiva de ações para promoção do acesso culminou na
criação de um fluxograma, como ferramenta de transformação da realidade.
Contribuições para a enfermagem: o enfermeiro integra a equipe de atenção à
saúde das pessoas vivendo com o HIV e deve estar comprometido com a
articulação da rede de atenção às mulheres com HIV, para promover a melhoria
do acesso.
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