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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 6792814


6792814

ADOLESCENTES COM DOENÇA FALCIFORME: O NÚCLEO DE CUIDADO FAMILIAR E SUAS RELAÇÕES FAMILIARES

Autores:
Franciane Vilela Réche da Motta|franvilela_@hotmail.com|enfermeira|mestre|estudante de Pós Graduação (doutorado)|universidade Federal de Juiz de Fora ; Zuleyce Maria Lessa Pacheco|zuleyce.lessa@ufjf.edu.br|enfermeira|doutora|professora|universidade Federal de Juiz de Fora

Resumo:
ADOLESCENTES COM DOENÇA FALCIFORME: O NÚCLEO DE CUIDADO FAMILIAR E SUAS RELAÇÕES FAMILIARES **Introdução: **Pesquisas que trabalham com redes familiares têm mostrado o papel supremo do apoio social na promoção da saúde, prevenção e tratamento de patologias e no melhor manejo dos sintomas de doenças crônicas. **Objetivo: **Analisar a constituição do núcleo de cuidado familiar de adolescentes com doença falciforme (DF) e discutir os padrões de relacionamento das famílias estudadas. **Método: **Recorte de uma dissertação de mestrado. Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa que utilizou o Genograma com a finalidade de realizar um retrato gráfico da história e padrão familiar de dez adolescentes com doença falciforme. A validação e as análises foram acontecendo simultaneamente à coleta das informações. Pesquisa submetida à aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisas HEMOMINAS, aprovada sob o Parecer Consubstanciado: 54237916.5.0000.5118. **Resultados:** Dos dez entrevistados, sete são cuidados principalmente pela mãe e a avó. Na dinâmica familiar identificaram-se vulnerabilidades tais como: desemprego, alcoolismo, envolvimento com drogas, morte recente e doenças crônicas de um membro familiar, que podem interferir no cuidado ao adolescente. Metade dos adolescentes referiu relações conflituosas entre pai-filho e mãe-pai. Revelaram possuir relação de proximidade com poucos membros da família, especificamente os cuidadores primários, destacando-se a mãe. Sete adolescentes citaram outros membros da família, no entanto não apareceram linhas de relacionamento entre eles. **Conclusão:** Os núcleos cuidadores familiares dos participantes possuem muitas vulnerabilidades.** Implicações para a enfermagem: **Tais vulnerabilidades devem ser consideradas pelas equipes multiprofissionais, sobretudo os enfermeiros, a fim de proporcionar o cumprimento dos princípios básicos do SUS, buscando garantir o pleno direito à saúde. Considerando que a incidência da DF é maior na população negra – uma população historicamente desprivilegiada, é necessário considerar a necessidade de um suporte social efetivo para os indivíduos com tal patologia e suas famílias.


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