Imprimir Resumo


20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 6779747


6779747

QUALIDADE DE VIDA ENTRE MULHERES TRABALHADORAS DO SEXO: UM OLHAR PARA ALÉM DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Autores:
Marcelle Aparecida de Barros Junqueira|marcellebarros@ufu.br|enfermeira|doutora|professora 3. Grau|universidade Federal de Uberlândia ; Ana Rosa Ribeiro Elias|anarosaelias@gmail.com|enfermeira|mestre|gerente de Unidade de Saúde|secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia - Mg ; Carla Denari Giuliani|denarigiuliani@bol.com.br|enfermeira|doutora|professora 3. Grau|universidade Federal de Uberlândia ; Lúcio Borges de Araújo|lucio.araujo@ufu.br|estatistico|doutor|professor 3. Grau|universidade Federal de Uberlândia

Resumo:
**Objetivo:** Avaliar o nível de qualidade de vida (QV) entre 158 mulheres trabalhadoras do sexo, que atuam em casas de programa em Uberlândia (MG). **Método:** Para coleta de dados foi utilizado um questionário sobre informações sociodemográficas, o questionário WHOQOL-BREF. O nível de significância (valor de p) foi estabelecido em 0,05 para todas as variáveis; e utilizou-se técnicas de estatística descritiva e exploratória**. Resultados:** A maioria das mulheres são solteiras (75,9%), de etnia parda (51,9%), alfabetizada (99,4%) e residem em casa alugada (58,2%). Quanto aos domínios do WHOQOL-BREF, o domínio físico apresentou o maior escore, e o domínio de relações sociais foi o que apresentou menor média. Houve correlação entre renda familiar e domínio físico (p=0,0133) e domínio meio ambiente (p=0,0009), e a escolaridade também se associou ao domínio físico (p=0,0207). Assim, quanto maior a escolaridade, melhor a QV com relação ao domínio físico; e quanto maior a renda, maiores os domínios físicos e meio ambiente. **Conclusão**: A escolaridade e o nível de renda contribuem para o bem-estar físico das trabalhadoras de sexo, o que pode ser explicado pelo maior acesso a informações e serviços de saúde. Paradoxalmente, as relações pessoais, o apoio pessoal e a vida sexual parecem ser fatores importante da QV que precisam ser mais bem avaliados e abordados ao se considerar a assistência a trabalhadoras do sexo. **Implicações para a enfermagem: **A prostituição é uma atividade altamente marginalizada e estigmatizada na sociedade; por isso a enfermagem deve considerar a vulnerabilidade dessas trabalhadoras inclusive nos serviços de saúde, ampliando as possiblidades para assistência, e não reduzindo-as ao apenas na ótica da prevenção de ISTs.


Referências:
Fleck Marcelo PA, Louzada Sérgio, Xavier Marta, Chachamovich Eduardo, Vieira Guilherme, Santos Lyssandra et al . Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida "WHOQOL-bref". Rev. Saúde Pública [Internet]. 2000 Apr [cited 2019 Apr 29] ; 34( 2 ): 178-183. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000200012&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102000000200012. Aquino Priscila de Souza, Nicolau Ana Izabel Oliveira, Moura Escolástica Rejane Ferreira, Pinheiro Ana Karina Bezerra. Perfil sociodemográfico e comportamento sexual de prostitutas de Fortaleza - CE. Texto contexto - enferm. [Internet]. 2008 Sep [cited 2019 Apr 29] ; 17( 3 ): 427-434. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072008000300003&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072008000300003. Salmeron Neiva de Alencar, Pessoa Thalita Almeida Martins. Profissionais do sexo: perfil socioepidemiológico e medidas de redução de danos. Acta paul. enferm. [Internet]. 2012 [cited 2019 Apr 29] ; 25( 4 ): 549-554. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002012000400011&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000400011.