6768684 | TEIA DE SABERES E PRÁTICAS DO CUIDADO EM SAÚDE NO COTIDIANO DE MULHERES QUILOMBOLAS | Autores: Ingrid Fabiane Santos da Silva|ingridenfermeir@gmail.com|estudante de Pós Graduação|mestre Em Enfermagem|doutoranda da Eean/ufrj|escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro ; Ivaneide Leal Ataíde Rodrigues|ilar@globo.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|docente|escola de Enfermagem Magalhaes Barata - Universidade do Estado Pará ; Laura Maria Vidal Nogueira|lauramavidal@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|docente|escola de Enfermagem Magalhaes Barata - Universidade do Estado Pará ; Iaci Proença Palmeira|iaci_palmeira@yahoo.com.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|docente|escola de Enfermagem Magalhaes Barata - Universidade do Estado Pará |
Resumo: **OBJETIVO:** Discutir as repercussões das representações sociais nas práticas de cuidado em saúde de mulheres quilombolas.** MÉTODO:** Estudo descritivo, qualitativo, com aporte da Teoria das Representações Sociais1 do qual participaram 30 mulheres “herdeiras” que vivenciam o cuidado em saúde na comunidade quilombola Abacatal/Aurá, em Ananindeua, Pará, Brasil. Os dados foram produzidos por entrevistas individuais semiestruturadas, e analisados por Análise de Conteúdo Temática2. **RESULTADOS:** As representações sociais do cuidado em saúde foram compreendidas como cuidados gerais de saúde e prevenção ao adoecimento, ancoradas em relações de afetos, descritas como práticas inerentes à mulher e objetivadas na figura da “supermãe”. As tessituras do cuidado foram identificadas pela organização de como o cuidado acontece no cotidiano dessas mulheres, tendo como principais beneficiários os familiares3, o ambiente e pessoas de fora da comunidade. Os saberes e as práticas são apreendidos com outras mulheres, sobretudo com as mães e/ou mulheres mais velhas da família, revelando-se como suporte ao cuidado empregado e são transmitidos ao longo das gerações pela oralidade4. **CONCLUSÃO: **Conclui-se que as representações sociais do cuidado em saúde tem a família como base elementar por ser neste núcleo o principal espaço onde se dá a organização e propagação dos saberes, e as práticas de cuidado em saúde, sendo estas intimamente ligadas aos aspectos culturais dessa população, materializado, sobretudo, pelo uso de plantas e ervas medicinais. **CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM: **Conhecer estas representações e suas implicações no cotidiano das populações quilombolas é de suma importância para a organização dos cuidados em saúde, sobretudo para a enfermagem, uma vez que esta, em particular, atua e (re)produz o cuidado integral à saúde dos indivíduos e seus respectivos grupos.
Referências: 1. Moscovici S. A Psicanálise, sua imagem e seu público. Petrópolis: Vozes, 2012
2. Bardin L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
3. Zank S., Ávila JVC., Hanazaki N.. Compreendendo a relação entre saúde do ambiente e saúde humana em comunidades Quilombolas de Santa Catarina. Rev. bras. plantas med. [Internet]. 2016 Mar [cited 2018 jun 15] ; 18( 1 ): 157-167. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/1983-084X/15_142.
4. Baldin N. Acosta PMR. Representações Sociais do uso popular de plantas medicinais: experiência em uma comunidade rural. R. Educ. Públ., [Internet]. 2017 Dec [cited 2018 jun 20] ; 27( 64 ): 159-178, dec. 2017. Doi:http://dx.doi.org/10.29286/rep.v27i64.3267. |