6700982 | ADEQUABILIDADE DOS EXAMES COMPLEMENTARES OFERECIDO ÀS GESTANTES DE RISCO HABITUAL. | Autores: Cicero Mendes Siqueira|mendescero@gmail.com|estudando|graduando Em Enfermagem|estudante|unifersidade Federal do Ceara ; Elizian Braga Rodrigues Bernardo|elizian.bernardo@fate.edu.br|enfermeira|mestre|professora|centro Universitário Ateneu ; Ana Karina Bezerra Pinheiro|anakarinaufc@hotmail.com|enfermeira|doutora|professora|universidade Federal do Ceará ; Ana Kelve de Castro Damasceno||enfermeira|doutora|professora|unifersidade Federal do Ceara |
Resumo: **OBJETIVO:** Avaliar a adequabilidade dos exames complementares oferecido às gestantes de risco habitual. **METODO:** Trata-se de um estudo avaliativo, com componentes descritivos e analíticos. Realizado em casa de parto natural em Fortaleza-CE. Foram utilizados um total 554 prontuários. Os dados foram armazenados e processados no _Statistical Package for the Social Sciences_, versão 20.0. Os princípios da bioética e os princípios éticos foram respeitados. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará e foi aprovado sob o protocolo nº 1.292.616. **RESULTADOS E DISCUSSÕES:** Ao avaliar a adequabilidade dos exames, observou-se que a maioria das gestantes não realizaram os exames conforme preconiza o MS. Quando se avaliou a realização de cada exame individualmente, observou-se maior prevalência de um exame de ABO/Rh, com 504 (98,2%), 477 (94,6%) de toxoplasmose e 425 (93,8%) de HBsAg. Apenas 25,5% (n=142) tinham realizado todos os exames complementares considerados adequados. Referente aos exames que devem ser realizados no 1º e 3º trimestre, observou-se diferença importante em sua repetição. Com base nesses parâmetros, observa que a maioria das gestantes não realizou os exames laboratoriais de forma adequada. A não realização está diretamente relacionada às taxas elevadas de transmissão vertical da infecção por sífilis e HIV e a ocorrência de óbitos perinatais evitáveis, apontando problemas na qualidade da assistência. **CONCLUSÃO:** Ao avaliar a realização dos exames laboratoriais, o nível de adequabilidade foi baixo devido ao número baixo de gestantes que realizaram os exames, relacionados com deficiência no serviço prestado e características sociais das gestantes **CONTRIBUIÇÕES OU IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: **Ao compreender a baixa adequabilidade entende-se a necessidade de rever a pratica enfermagem e adequar-se ao que é preconizado pelo ministério da saúde com o intuito de detectar e prevenir complicações.
Referências: DONABEDIAN A. The quality of care. How can it be assessed? JAMA. v. 260, p. 1743-1748,1988.
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