6476699 | O sofrimento de pacientes em quimioterapia ambulatorial: Estudo transversal | Autores: Jessica Dias Leite Campos|jessicadlcampos@gmail.com|enfermeiro|mestrando|enfermeiro|universidade Federal Fluminense ; Angelo Braga|angeloprimax@gmail.com|enfermeiro|mestre|enfermeiro|universidade Federal Fluminense ; Eliane Ramos Pereira|elianeramos.uff@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor Titular|universidade Federal Fluminense ; Carinne Magnago|carinne.mag@gmail.com|enfermeiro|doutor|enfermeiro|universidade de Passo Fundo ; Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva|roserosa.uff@gmail.com|enfermeiro|doutor|enfermeiro|universidade Federal Fluminense |
Resumo: Introdução: O sofrimento é um fenômeno prevalente em pacientes com câncer, e
envolve aspectos físicos, sociorrelacionais, espirituais e psicológicos.
Objetivo: Analisar o sofrimento de pacientes com câncer em tratamento
quimioterápico, por meio do Inventário IESSD (Inventário de Experiências
Subjetivas de Sofrimento na Doença). Método: Trata-se de um estudo
transversal, de caráter exploratório e descritivo, conduzido em uma das
unidades do INCA. O presente estudo se baseou em uma amostra probabilística
não intencional de 100 pacientes com indicação de quimioterapia, arrolados
consecutivamente. Foram incluídos pacientes em quimioterapia com _Performance
Status _(PS) menor que 3, maiores de 18 anos, boa capacidade cognitiva e
diagnóstico oncológico confirmado. Foram excluídos pacientes com toxicidade
impeditiva de preenchimento do questionário. Resultados: Identificou-se um
maior nível de sofrimento nos pacientes com dor intensa, pior PS, com
diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço, e pulmão. As assertivas com
pontuação mais expressiva na dimensão Experiências Positivas de Sofrimento
foram: “Penso que vou melhorar”, e “Tenho esperança de ainda vir a realizar
meus sonhos”. Quanto à dimensão negativa, destacaram-se “Desejaria que minha
família não sofresse tanto por eu estar doente” e “A minha família faz-me
preocupar com o futuro das pessoas que me são queridas”. Conclusão: Os
pacientes nutrem um nível de esperança alto enquanto realizam o tratamento
quimioterápico, apesar de 67% o realizarem com intenção paliativa. Durante a
quimioterapia, os pacientes percepcionam maior sofrimento na dimensão
sóciorrelacional, em razão da preocupação de se tornarem uma sobrecarga para
os entes queridos, e angústia de ver seu desgaste físico e mental, provocada
pelo estado consumptivo do enfermo e pelos efeitos colaterais que o tratamento
impõe. Implicações para a enfermagem: O estudo possibilitou a identificação de
preditores e causas de maior sofrimento durante o regime de QTA ambulatorial.
Referências: 1- Dräger DL, Protzel C, Hakenberg OW. Identifying Psychosocial Distress and Stressors Using Distress-screening Instruments in Patients With Localized and Advanced Penile Cancer. Clin Genitourin Cancer [Internet]. 2017;15(5):605–9. Available from: https://doi.org/10.1016/j.clgc.2017.04.010
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