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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 6476699


6476699

O sofrimento de pacientes em quimioterapia ambulatorial: Estudo transversal

Autores:
Jessica Dias Leite Campos|jessicadlcampos@gmail.com|enfermeiro|mestrando|enfermeiro|universidade Federal Fluminense ; Angelo Braga|angeloprimax@gmail.com|enfermeiro|mestre|enfermeiro|universidade Federal Fluminense ; Eliane Ramos Pereira|elianeramos.uff@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor Titular|universidade Federal Fluminense ; Carinne Magnago|carinne.mag@gmail.com|enfermeiro|doutor|enfermeiro|universidade de Passo Fundo ; Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva|roserosa.uff@gmail.com|enfermeiro|doutor|enfermeiro|universidade Federal Fluminense

Resumo:
Introdução: O sofrimento é um fenômeno prevalente em pacientes com câncer, e envolve aspectos físicos, sociorrelacionais, espirituais e psicológicos. Objetivo: Analisar o sofrimento de pacientes com câncer em tratamento quimioterápico, por meio do Inventário IESSD (Inventário de Experiências Subjetivas de Sofrimento na Doença). Método: Trata-se de um estudo transversal, de caráter exploratório e descritivo, conduzido em uma das unidades do INCA. O presente estudo se baseou em uma amostra probabilística não intencional de 100 pacientes com indicação de quimioterapia, arrolados consecutivamente. Foram incluídos pacientes em quimioterapia com _Performance Status _(PS) menor que 3, maiores de 18 anos, boa capacidade cognitiva e diagnóstico oncológico confirmado. Foram excluídos pacientes com toxicidade impeditiva de preenchimento do questionário. Resultados: Identificou-se um maior nível de sofrimento nos pacientes com dor intensa, pior PS, com diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço, e pulmão. As assertivas com pontuação mais expressiva na dimensão Experiências Positivas de Sofrimento foram: “Penso que vou melhorar”, e “Tenho esperança de ainda vir a realizar meus sonhos”. Quanto à dimensão negativa, destacaram-se “Desejaria que minha família não sofresse tanto por eu estar doente” e “A minha família faz-me preocupar com o futuro das pessoas que me são queridas”. Conclusão: Os pacientes nutrem um nível de esperança alto enquanto realizam o tratamento quimioterápico, apesar de 67% o realizarem com intenção paliativa. Durante a quimioterapia, os pacientes percepcionam maior sofrimento na dimensão sóciorrelacional, em razão da preocupação de se tornarem uma sobrecarga para os entes queridos, e angústia de ver seu desgaste físico e mental, provocada pelo estado consumptivo do enfermo e pelos efeitos colaterais que o tratamento impõe. Implicações para a enfermagem: O estudo possibilitou a identificação de preditores e causas de maior sofrimento durante o regime de QTA ambulatorial.


Referências:
1- Dräger DL, Protzel C, Hakenberg OW. Identifying Psychosocial Distress and Stressors Using Distress-screening Instruments in Patients With Localized and Advanced Penile Cancer. Clin Genitourin Cancer [Internet]. 2017;15(5):605–9. Available from: https://doi.org/10.1016/j.clgc.2017.04.010 2- Milanti A, Metsälä E, Hannula L. Reducing psychological distress in patients undergoing chemotherapy. Ment Health (Lond). 2016;25(4):25-30. 3- Gameiro MGH. IESSD: Um instrumento para a Abordagem do Sofrimento na Doença. Referência. 2000;(4):55–66. 4- Hwang KH, Cho OH, Yoo YS. Symptom clusters of ovarian cancer patients undergoing chemotherapy, and their emotional status and quality of life. Eur J Oncol Nurs [Internet]. 2016;21:215–22. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.ejon.2015.10.007 5- Luckett T, Goldstein D, Butow PN, Gebski V, Aldridge LJ, McGrane J, et al. Psychological morbidity and quality of life of ethnic minority patients with cancer: A systematic review and meta-analysis. Lancet Oncol [Internet]. 2011;12(13):1240–8. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/S1470-2045(11)70212-1