6221004 | INDICADORES DE QUALIDADE ASSISTENCIAL PRODUZIDOS PELAS RESIDENTES DE ENFERMAGEM OBSTÉTRICA DO PRONAENF: ESTUDO DESCRITIVO. | Autores: Ana Paula Rodrigues Ferreira da Silva|anapaulasilva@id.uff.br|estudante|estudante|estudante|universidade Federal Fluminense ; Helen Campos Ferreira|lenferreira@uol.com.br|enfermeira|vice-coordenadora E Professora|professora|universidade Federal Fluminense ; Aldira Samantha Garrido Teixeira||enfermeira|professora|professora|universidade Federal Fluminense |
Resumo: Introdução: O atual modelo da atenção obstétrica considera a gravidez e o
parto eventos não naturais e sob risco. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio
de Janeiro (SMS-RJ), preocupada com a qualidade da assistência ao parto,
instituiu o Programa Cegonha Carioca (2010) que objetiva assegurar o acesso, a
cobertura e a qualidade assistencial do pré-natal, parto e puerpério e a
formação qualificada profissional. Metodologia: Apresenta-se os indicadores de
qualidade assistencial produzidos pelas residentes de enfermagem obstétrica do
PRONAENF, como proposta investigativa do projeto de iniciação científica
(PIBIC) do Núcleo de Pesquisa Saúde Integral da Mulher e do recém-nascido
(SIMRN) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa - UFF. Neste estudo a
população foi (n=48) das enfermeiras residentes, no período temporal de 2015 a
2018. Como critério de inclusão utilizou-se os registros dos relatórios de
parto produzidos nos portfólios reflexivos acerca da assistência obstétrica
realizada em Centro de Parto Natural da instituição hospitalar, cenário do
treinamento profissional, fazendo pesquisa documental das fontes primárias.
Resultados preliminares: os indicadores apontam que das tecnologias de cuidado
em 2015, com 1988 partos vaginais por enfermeiras obstétricas, foram
realizados: banho de aspersão 41,3%, deambulação 36,1%; movimentação pélvica
21,3%; uso da bola suíça 15,8%; 88, 4% respiração monitorizada; 23%
aromaterapia; 11,9% uso da banqueta; 18,2% uso do cavalinho; 36,6% massagem;
36,8% técnica de rebozo; 83% penumbra; 35,3% colocar a mulher em decúbito
lateral e 16,9% colocar a mulher em posição de quatro apoios. Conclusão: As
enfermeiras obstétricas ainda não utilizam plenamente as tecnologias de
cuidado por conta da ausência de educação para o parto nos serviços de pré-
natal Observa-se que as tecnologias de cuidado não são apresentadas à
população, causando insegurança e desconfiança daquilo que pode ser realizado
junto a clientela.
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