6081082 | ENTIDADES ORGANIZATIVAS DA ENFERMAGEM EM PERÍODOS DITATORIAIS NO BRASIL (1964-1985) E NO PERU (1968-1975) | Autores: Tania Cristina Franco Santos|taniacristinafsc@gmail.com|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professora Associada|escola de Enfermagem Anna Nery / Universidade Federal do Rio de Janeiro ; Antonio José de Almeida Filho|ajafilhos@gmail.com|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor Associado|escola de Enfermagem Anna Nery / Universidade Federal do Rio de Janeiro ; Maria Angélica de Almeida Peres|aguaonda@uol.com.br|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor Associado|escola de Enfermagem Anna Nery ; Elaine Lázaro Alcántara|elazaral@gmail.com|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor|universidad Santo Toribio de Mogrovejo |
Resumo: Introdução: Em 1964, no Brasil, foi implantado o regime militar (1964-1985),
que violou os princípios da democracia. Esse período foi, certamente um dos
mais significativos e transformadores, com repercussões de monta na enfermagem
brasileira, em especial, na Associação Brasileira de Enfermagem. No caso
peruano, o regime militar durante doze anos (1968 a 1975) se caracterizou pela
estatização. As décadas de 1960 a 1980 são caracterizadas por grandes
movimentos sociais, políticos e econômicos no país e pelo desenvolvimento da
enfermagem profissional. Objetivo: analisar a atuação das entidades
organizativas no bojo da instauração de regimes ditatoriais no Brasil em 1964
e no Peru, em 1968. Método: estudo histórico, documental. Fontes: documentos
escritos pertencentes aos acervos históricos brasileiros e peruanos. Após a
determinação do corpus documental, as fontes foram classificadas e analisadas
em conformidade com a bibliografia sobre o tema. Resultados: no caso peruano,
entre os anos de 1968 e 1975, verificou-se significativo aumento das
organizações. A crise no setor saúde originou greves e as enfermeiras peruanas
se engajaram nessas lutas sindicais; no caso brasileiro, as lideranças da
enfermagem, especialmente da Associação Brasileira de Enfermagem, reconheceram
a urgência de criação de cursos de pós-graduação stricto sensu, e a formulação
de uma Política de Trabalho para a Associação que facilitasse a inserção das
Escolas de Enfermagem no campo científico. Conclusão: no bojo dos regimes
ditatoriais, as entidades organizativas da profissão, no Brasil e no Peru,
empreenderam estratégias eficazes para dar continuidade ao desenvolvimento da
profissão.
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3. Alves MHM. Estado e Oposição no Brasil (1964-1984). 5ª Edição. Petrópolis: Vozes, 1989.
4. Baptista S, Barreira IE. Enfermagem de nível superior no Brasil e vida associativa. Rev. bras. enferm.2006; 59(spe): 411-16.
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