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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 5963445


5963445

HOMICÍDIO E QUALIDADE DA INFORMAÇÃO: CORRELAÇÃO ENTRE FATORES SOCIOECONÔMICOS, SANITÁRIOS E DEMOGRÁFICOS.

Autores:
Tiago Oliveira de Souza|tiagotos@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor|universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus Ufrj-macaé Professor Aloísio Teixeira ; Edinilsa Ramos de Souza||psicologo|doutor|pesquisador|escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz ; Liana Wernersbach Pinto||nutricionista|doutor|pesquisador|escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz

Resumo:
**Introdução: **O homicídio tem sido utilizado como um indicador social e de saúde, além disso, sua ocorrência, magnitude e distribuição podem servir como instrumento para medir a qualidade das condições de vida no contexto macrossocial1. **Objetivo: **Analisar a relação entre homicídios e os indicadores sociais e de saúde, considerando a qualidade das informações sobre óbitos por causas externas, no estado da Bahia, no período de 1996 a 2015. **Método:** Foi realizado um estudo ecológico analítico, utilizando os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade. A mortalidade proporcional de intenção indeterminada sobre o total de causas externas e a taxa de homicídio foram analisadas, nos diversos municípios baianos e considerando as Macrorregiões de Saúde. **Resultados:** Houve uma subnotificação de 30,8% nos dados oficiais comparados aos corrigidos. Observou-se um padrão de distribuição da mortalidade não aleatório, de acordo com o índice de Moran Global. As mais altas taxas de mortes por homicídio foram observadas nos municípios litorâneos. **Conclusão:** Os mesmos municípios e regiões identificados com baixas taxas de homicídios apresentaram, concomitantemente, altas proporções de indeterminada e, inversamente, onde tiveram altas taxas, também houve baixa proporção de morte indeterminada. **Implicações para a Enfermagem: **A assistência de enfermagem tem a finalidade de satisfazer as necessidades de saúde e de enfrentamento de doenças e agravos. No caso dos homicídios a oferta assistencial, preventiva e interventiva, é importante não só para evitar as agressões/lesões, mas também após a ocorrência, para que essas não se tornem fatais2. Por isso, políticas públicas que promovam a interiorização desses profissionais de saúde são fundamentais enquanto medida de enfretamento da violência3.


Referências:
1. MINAYO, Maria Cecilia de Souza. Violência e Saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006. 132 p. 2. Souza TO, Souza ER, Pinto LW. [Analysis of the quality of information on mortality by homicide from deaths with undetermined intent. Bahia, Brazil, from 2002-2013]. Rev. bras. epidemiol. 2019; 22:e190005. Available from: https://dx.doi.org/10.1590/1980-549720190005. 3. Andrade LT, Diniz AMA. [Spatial reorganization of homicides in Brazil and the interiorization thesis]. Rev Bras Estud Popul [Internet]. 2013 [cited 2018 Apr 29]; 30(supl):S171–91. Available from: https://dx.doi.org/10.1590/S0102-30982013000400011