5762657 | DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM, TEMPO DE INTERNAÇÃO E ÓBITO EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA | Autores: Larissa Maiara da Silva Alves Souza|larissa.alves91@live.com|enfermeira|especialista Em Cardiologia|mestranda|universidade Federal de São Paulo ; Agueda Maria Ruiz Zimmer Cavalcante|aguedamrzc@gmail.com|enfermeira|doutora|professora Adjunto|universidade Federal de Goiás ; Alba Lúcia Bottura Leite de Barros|albaluciabb@hotmail.com|enfermeira|livre-docência|professora Titular|universidade Federal de São Paulo |
Resumo: **Objetivo:** Verificar os Diagnósticos de Enfermagem (DE) em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) e associá-los ao tempo de internação e óbito. **Método:** Estudo de coorte retrospectiva com coleta de prontuários de pacientes internados em Pronto Socorro de um Hospital referência em cardiologia de São Paulo. Foram coletados dados sociodemográficos, tempo de internação, DE e mortalidade de 155 pacientes. As variáveis quantitativas foram analisadas por média e desvio padrão e as qualitativas por frequências absolutas e percentuais. Foi utilizado teste de Mann-Whitney, qui-quadrado/exato de Fisher, nível de significância de 5%. **Resultados:** O tempo médio de internação foi de 20 dias, variando de um a 215 dias. Os principais DEs encontrados foram Risco de infecção (100%), Risco de queda (96,1%), Risco de débito cardíaco diminuído (85,8%) e Volume de líquidos excessivo (85,2%). Pacientes com média de internação entre 20-27,9 dias apresentaram Risco de queda, Dor aguda, Volume de líquidos excessivo, Integridade tissular prejudicada, Desobstrução ineficaz de vias aéreas, Risco de trauma vascular e Déficit no autocuidado para banho e higiene. Dos 155 pacientes 30 foram a óbito com prevalência dos DE Risco de queda (100%), Risco de débito cardíaco diminuído (93,3%) e Volume de líquidos excessivo (90%), os quais não foram estatisticamente significativos na associação com tempo de internação e óbito. **Conclusão: **Os DEs elencados refletem problemas relacionados a hospitalização e apontam para um alto nível de dependência e necessidades de cuidados. Os DEs de risco podem se tornar reais requerendo constante vigilância do enfermeiro. **Implicações para Enfermagem:** A identificação do DE deve ser realizada após um raciocínio diagnóstico cuidadoso, baseado nos sinais/sintomas e etiologias visando reconhecimento criterioso do diagnóstico e seus elementos consistentes com a clínica, para o direcionamento de intervenções que impactam o desfecho clínico do paciente.
Referências: Comitê Coordenador da Diretriz de Insuficiência Cardíaca, Rohde LEP, Montera MW, Bocchi EA, Clausell NO, Albuquerque DC, Rassi S, et. al. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arq Bras Cardiol. 2018 Sep;111(3):436-539.
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