5539391 | A ENFERMAGEM NA TEORIA DE CAMPO DE PIERRE BOURDIEU | Autores: Mirian Cristina de Oliveira|miriancris76@gmail.com|enfermeiro|mestrando|enfermeiro|pontifícia Universidade Católica de Goias ; Claudia Cavalcante|miriancris76@gmail.com|sociologa|doutora|professora|pontifícia Universidade Católica de Goias ; Kauany Vilela|miriancris76@gmail.com|estudante|graduanda|estudante|pontifícia Universidade Católica de Goias |
Resumo: **A ENFERMAGEM NA TEORIA DE CAMPO DE PIERRE BOURDIEU, o **presente estudo se constitui de uma reflexão realizada por meio de revisão da literatura organizado sob a ótica teórica de Bourdieu e tem por objetivo destacar o aporte teórico da Sociologia de Bourdieu para o estudo do campo e subcampo da enfermagem.Este autor estuda a organização e a gênese de diferentes campos sociais, cito o campo ou área da saúde e, sobretudo, o subcampo ou subárea da enfermagem, as classes e os conflitos entre os sujeitos nesses campos no caso enfermeiros e médicos, ponderando de forma concreta as afinidades difundidas de forma dialética entre o _habitus_ e a composição dos sujeitos.O médico e o enfermeiro configuram as duas classes profissionais basilares da área da saúde e são exemplos de discordâncias e antagonismos no campo da saúde pelo domínio do poder. No entanto, vale lembrar que, o médico historicamente, configura a pessoa central do campo da saúde e sua autonomia e domínio percorrem as demais subáreas ou subcampos a ele associado. Tradicionalmente, o poder e a autonomia legitima do campo da saúde para dizer e executar em nome do campo é do médico. Por não haver qualquer restrição para a atuação do médico nas atividades área da saúde, esse profissional ocupa predominantemente, funções de direção pública ou privada, também tem maior representatividade no legislativo e na tomada de decisões políticas na área da saúde do país, o que não acontece com os demais profissionais do campo da saúde. Conclui-se que com a fundamentação dos conceitos da Sociologia de Bourdieu, expõe-se uma enfermagem que coloca seus profissionais em situação de anuência as regras do campo, ou seja, de submissão ao poder simbólico compelido pela medicina e também expõe outra enfermagem que enfrenta combates diferentes para definir sua colocação em evidência dentro do campo da saúde, e assim, alcançar maior poder simbólico, a tal, certificação social inerente ao campo da saúde.
Referências: BOURDIEU P. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo (SP): UNESP; 2004.
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