5505433 | ENFERMEIROS DE CUIDADOS PRIMÁRIOS DE BRASIL E PORTUGAL: ATITUDES FRENTE À PESSOA COM DOENÇA MENTAL | Autores: Maria do Perpétuo S.s. Nóbrega|perpetua.nobrega@usp.br|||| ; Carla Sílvia Neves da Nova Fernandes|carlasilviaf@gmail.com|||| ; Wanderson Carneiro Moreira|wandersonm.wm@gmail.com|||| ; Estela Duarte|esteladuartexx@usp.br|||| |
Resumo: **Introdução: **Na conjuntura das reformas políticas de saúde mental, Brasil e Portugal, se aproximam quanto à pauta inserção da saúde mental na Atenção Primária à Saúde. A crença de que pessoas com doenças mentais são perigosas e responsáveis por sua própria doença, desencadeia estereótipos, atitudes negativas e compromete o bem-estar biopsicossocial e emocional da pessoa, da família e do cuidador, bem como seu comportamento na busca de cuidados de saúde. Os enfermeiros estão na linha de frente dos cuidados e suas atitudes podem interferir na qualidade dos cuidados que promovem, e constitui importante indicador de resultados para a melhoria do tratamento/reabilitação **Objetivo:** analisar comparativamente as atitudes e as experiências de enfermeiros de cuidados primários de Brasil e Portugal frente à pessoa com doença mental.** Metodologia: **Estudo quantitativo com 500 enfermeiros, por meio de questionário sócio demográfico e escala de Opiniões sobre a Doença Mental. Desenvolvido em seis Unidades de Saúde Familiar da Administração Regional de Saúde do Norte, Porto/Portugal, e de 69 Unidades Básicas de Saúde das seis Coordenadorias Regionais de Saúde de São Paulo, São Paulo/Brasil. **Resultados: **Em relação às dimensões da escala, os enfermeiros portugueses apresentam atitudes ligeiramente mais Benevolentes (M=64,4) e de Ideologia da Higiene Mental (M=39,3) que os brasileiros. Já os enfermeiros brasileiros têm mais atitudes de Autoritarismo (M=44,6), de Restrição Social (M= 42,0) e de Etiologia Interpessoal (M=30,6) comparado aos portugueses. **Considerações finais: **Em ambos os países, as atitudes são no geral positivas, exceto na dimensão Autoritarismo, e as experiências de cuidados interferem nas atitudes dos enfermeiros. **Implicações para a Enfermagem: **A formação/capacitação dos enfermeiros de cuidados primários quanto às necessidades de pessoas com doenças mentais, possibilita consolidar o paradigma psicossocial nos cuidados primários.
Referências: Staniuliene, V, Chambers, M, Kantaris, X, Kontio, R, Kuosmanen, L, Scott, A, et al. The feelings and thoughts of mental health nurses concerning the management of distressed and disturbed in-patients: A comparative qualitative European study. Open Journal of Nursing. (2013) 3(6):426-36. https://file.scirp.org/pdf/OJN_2013101111164890.pdf
Neupane, D., Dhakal, S., Thapa, S., Bhandari, P. M., Mishra, S. R. Caregivers’ Attitudes
towards People with Mental illness and Perceived Stigma: A Cross-Sectional Study in a
Tertiary Hospital in Nepal. Plos One. 2016. 11(6): e0158113. https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0158113
Rodrigues, CRC. Atitudes frente a doença mental: estudo transversal de uma amostra de profissionais da saúde. (Tese de doutorado, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo). ID: lil-76986. (1983). |