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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 5492240


5492240

DIREITOS DE PESSOAS EM USO DE INSULINA AO TRATAMENTO: DO PRECONIZADO À REALIDADE

Autores:
Sonia Silva Marcon|soniasilva.marcon@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor|universidade Estadual de Maringá ; Pamela dos Reis|pamdosreis@gmail.com|enfermeiro|mestre|doutoranda|universidade Estadual de Maringá ; Evelin Matilde Arcain Nass|evelinmarcain@gmail.com|enfermeiro|mestre|doutoranda|universidade Estadual de Maringá

Resumo:
**DIREITOS DE PESSOAS EM USO DE INSULINA AO TRATAMENTO: DO PRECONIZADO À REALIDADE** **Introdução**: em muitos casos o controle da Diabetes Mellitus (DM) exige o uso contínuo de insulina exógena, administrada por via subcutânea. Apesar do tratamento ser um direito dos usuários, o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta dificuldades para atender regularmente as necessidades deste público. **Objetivo**: apreender a percepção de pessoas em uso de insulina sobre o acesso ao tratamento na Atenção Primária à Saúde (APS). **Método**: pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, realizada com 16 pessoas em uso de insulina acompanhadas pela APS de município de médio porte da região sul do Brasil. Os dados foram coletados em entrevistas individuais, realizadas no período de maio a julho de 2017 nos domicílios, e submetidos à Análise de Conteúdo. **Resultados**: Da análise de conteúdo emergiram duas categorias. A primeira aborda a efetivação do direito à insulina, mas com falta de orientação e acompanhamento profissional de qualidade na APS para a aplicação, o que em alguns casos resultou em descompensação da doença. A segunda categoria ressalta as dificuldades na obtenção dos insumos para a aplicação da insulina. Apesar de não haver problema no acesso à insulina, era frequente a falta de seringas, agulhas e fitas de HGT. Essa realidade resultava na reutilização excessiva do material, piora na condição da pele das regiões de administração e falta de controle sobre os níveis glicêmicos. **Conclusão**: apesar do acesso à APS existir, os participantes relataram carência de informações para a correta utilização da insulina, o que torna questionável a qualidade do acompanhamento na localidade. Ademais, o acesso ao material em quantidade e qualidade adequadas para a insulinoterapia não é efetivo. **Implicações para a prática**: os achados reforçam a necessidade de os enfermeiros da APS terem responsabilidade e competência para dar suporte às pessoas com DM na insulinoterapia.


Referências:
Reis P. Manejo do Diabetes Mellitus por pessoas em uso de insulina. Dissertação, 2017. Programa de Pós-graduação em Enfermagem. Universidade Estadual de Maringá. 2017. 154 p.