5419363 | Visibilidade da equipe multiprofissional frente as orientações prestadas ao usuário no pré e pós transplante renal | Autores: Saul Ferraz Ferraz de Paula|saul.ferraz@hotmail.com|enfermeiro|mestre Em Enfermagem|estudante de Doutorado Em Enfermagem|universidade Federal do Rio Grande ; Vanessa Mendes Pedroso|vanessasoaresmendespedroso@gmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|estudante de Doutorado Em Enfermagem|universidade Federal do Rio Grande ; Sidiane Teixeira Rodrigues|sidiane.enf@hotmail.com|enfermeira|especialista Em Saúde da Família|estudante de Mestrado Em Enfermagem|universidade Federal do Rio Grande ; Hedi Crecencia Heckler de Siqueira;|hedihsiqueira@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|docente|universidade Federal do Rio Grande |
Resumo: **Objetivo: **Analisar, no contexto ecossistêmico, a visibilidade profissional frente as orientações prestadas antes e após o transplante renal.** Método:** Os dados fazem parte da dissertação de Mestrado intitulada Modo de viver do usuário no domicílio após transplante renal: abordagem ecossistêmica. Estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa. Fizeram parte do estudo, 13 usuários com no máximo 05 anos de transplante renal e residentes em Pelotas. Em relação ao número de participantes foi observado o método de saturação de dados. A coleta de dados ocorreu de junho à setembro de 2018 e foi utilizada a entrevista semi-estruturada através de questionário com questões fechadas e abertas elaborado,especificamente, para este estudo, após Teste Piloto. A análise dos dados foi realizada pelo método da análise temática de Minayo. Foram observadas todas as exigências éticas previstas para pesquisas com seres humanos conforme Resolução nº. 466/12. **Resultados e Discussão:** Alguns usuários relataram não terem recebido orientação antes do transplante renal 38,46%(n=05) e 61,54%(n=08). Entre os profissionais responsáveis por tais orientações, apareceram enfermeiro, médico, nutricionista e psicólogo. Quanto à visibilidade dos profissionais que forneceram orientações no período após o transplante renal observa-se que 23,08%(n=03), 23,08%(n=03) profissional médico e 23,08%(n=03) referiram orientações do médico e enfermeiro, 38,46%(n=05) usuários referiram não receber orientação de nenhum profissional. A resposta de 7,8%(n=01) merece destaque quando afirma que recebia orientação de uma enfermeira, porém acreditava que a profissional fosse médica. Esse relato nos faz refletir sobre a visibilidade profissional do enfermeiro, bem como, o destaque que o próprio enfermeiro fornece ou não a sua profissão.
**Conclusão:** Este estudo evidenciou a visibilidade da equipe multiprofissional ainda atrelada ao modelo biomédico, migrando gradativamente para a identificação das representatividades profissionais, permeando a cientificidade e autonomia profissional.
**Contribuições para a Enfermagem**: A enfermagem, parte integrante da equipe multiprofissional, responsável pelos cuidados diários pós-transplante, possui uma importante função junto ao usuário transplantado e, também, em relação às ações educativas para empoderá-lo diante as dificuldades emergentes da nova situação.
Referências: Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Dados numéricos da doação de órgãos e transplantes realizados por estado e instituição no período: janeiro a junho de 2016. Registro BrasTranspl. 2017 Jan-set; XXIII (3):1-23
BRASIL. Ministério da Saúde. Agenda nacional de prioridades de pesquisa em saúde:Brasil. Brasília, DF, 2011.
BRASIL. Lei n.º 10.211, de 23 de março de 2001. Altera dispositivos da Lei n.º 9.434, de 4 de fevereiro de 1997,que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. Diário Oficial da União, Brasília, 24 mar. 2001.(Edição extra).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 / Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sas/transplantesBrasília, DF, 2016. ACESSO EM 07.11.2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/969-sas-raiz/dahu-raiz/transplantes-raiz/snt-2/snt-2-linha-1-coluna-2/13426-sobre-o-sistema-nacional-de-transplantes, DF, 2014. Acesso em 26.11.2017.
BLANCAS, C.P.;ESPADERO, C.M.;ARBOL, E.; MONTERO, R.C.; Factores asociados a calidad de vida relacionada con la salud de pacientes trasplantados de riñón, Enferm Nefrol, Cordoba, v. 18, n. 3, jul-set, 204-26, 2015.
CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 2006
______. O Ponto de Mutação. São Paulo: Cultrix, 2012.
______. A visão sistêmica da vida. São Paulo: Cultrix, 2014.
CARRILLO-ALGARRA; MESA-MELGAREJO; MORENO-RUBIO; El cuidado en un programa de trasplante renal: un acompañamiento de vida / O cuidado num programa de transplante renal: um acompanhamento de vida, Aquichan, Bogota, abr-jun, v. 15,n2, 271-82, 2015.
Censo Demográfico 2010.Características da população e dos domicílios: resultados do universo. Rio De Janeiro: IBGE, 2013. Acompanha 1 CD-ROM. Disponível em: . Acesso em: mar. 2016.
CRUZ, M.G.S.; DASPETT, C.; ROZA, B.A.; OHARA, C.V.S.; HORTA, A.L.M.; Vivência da família no processo de transplante de rim de doador vivo. Acta Paul Enferm, São Paulo, v.28, n.3,p275-90. 2015.
FLEK, M.P.A.; LOUZADA, S.; XAVIER, M.; CHACHAMOVIC, E.; VIEIRA, G.; SANTOS, L. et al.; Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida “WHOQOL-bref”. Rev Saúde Pública [internet]. v.34,n.2,p178-83. 2013.
GARCIA, G.G.;HARDEN, P.; CHAPMAN, J.; O papel global do transplante renal. J Bras Nefrol;v34n.1, p:1-7.2012.
GREGORINI, A.C.;Doar Ou Não? Aspectos Envolvidos Na Doação De Órgãos E Tecidos. 73p. [monografia] -UNESC. Criciúma/SC, 2010.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LAMB D. Transplante de Orgãos e Ética. Trad. Jorge Curbelo. São Paulo: Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos/Editora Hucitec, 2000.
INACIO, LA., ET AL, Atuação do Enfermeiro nas orientações de alta ao paciente pós-transplante renal. REUFSM, Santa Maria, abr/jun, v. 4,n.2, 323-331, 2014.
MALDANER, C.R. et al. Fatores que influenciam a adesão ao tratamento na doença crônica: o doente em terapia hemodialítica. Rev. Gaúcha Enferm., v.29, n.4, p.697-753, 2008.
MATURANA, H.R.; VARELA, F.J. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da
compreensão humana.São Paulo: Palas Athenas, 9ª Edição, 2011. |