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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 5342737


5342737

PROGRAMAS DE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: REVISÃO DE ESCOPO

Autores:
Emiko Yoshikawa Egry|emiyegry@usp.br|enfermeira|professora Titular|professora Titular Aposentada da Eeusp|escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo ; Cibele Monteiro Macedo|cibele.macedo@usp.br|enfermeira E Obstetriz|bacharel Em Enfermagem E Em Obstetrícia|mestranda|escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo

Resumo:
**Objetivo:** Mapear os programas de enfrentamento da violência doméstica contra a criança desenvolvidos na Atenção Primária à Saúde. **Método:** Revisão de Escopo que seguiu as recomendações metodológicas do Instituto Joanna Briggs. Para gerenciamento e análise dos dados foi utilizado um software de análise qualitativa e um gerenciador de referências. Adotou-se as bases teóricas e filosóficas da Saúde Coletiva. **Resultados:** 1346 estudos foram pré-selecionados e analisados. Ao fim, 24 estudos entraram para a revisão, a maioria publicados na década de 2000 e desenvolvidos em países da Europa. Foram identificadas três estratégias de atuação dos programas “Visita Domiciliária”, “Crianças Expostas à Violência” e “Desenvolvimento da Parentalidade”. A atuação da Enfermagem é destacada em todos os programas, principalmente nos programas de “Visita Domiciliária”, por conta da proximidade com a família e à rede de atenção à saúde, a equipe de Enfermagem tem maior potencialidade para identificar e intervir nas situações de violência. Alguns limites foram apontados, como a sobrecarga de trabalho e a falta de suporte de outros serviços. Além disso, a identificação das situações de violência foi feita por meio de instrumentos padronizados baseados em fatores de risco – o que por vezes reduz a atuação dos profissionais de Enfermagem a aspectos biológicos. Assim, as necessidades em saúde geradas por um fenômeno social, como a violência, não foram identificadas, tanto que se notou a predominância de ações com foco na dimensão singular, com a responsabilização materna pela ocorrência do fenômeno. **Conclusões:** O desenvolvimento desses programas mostrou-se essencial. No entanto, só conseguirão agir sobre as determinações do fenômeno da violência, quando as ações estiverem alicerçadas em bases conceituais da Saúde Coletiva. Em última análise, que não reduzam as ações em saúde em aspectos clínicos, de caráter biológico.


Referências:
Booth A. Cochrane or cock-eyed? How should we conduct systematic reviews os qualitative research? Qualitative Evidence-bases Practice Conferences. Conventry Unniversity; 2001. Egry EY, Apostólico MR, Morais TCP. Notificação da violência infantil, fluxos de atenção e processo de trabalho dos profissionais da Atenção Primária em Saúde. Ciênc. saúde coletiva. 2018;23(1):83-92 Peters MDJ, Godfrey C, McInerney P, Soares CB, Khalil H, Parker D. Chapter 11: Scoping Reviews. In: Aromataris E, Munn Z (Editors). Joanna Briggs Institute Reviewer´s Manual. The Joanna Briggs Institute, 2017. Available from https://reviewersmanual.joannabriggs.org/