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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 5056722


5056722

CARACTERIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRÉ-NATAL E DOS DESFECHOS PERINATAIS EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE MANAUS

Autores:
Edinilza Ribeiro dos Santos|ersantos@uea.edu.br|enfermeira|doutor|docente|universidade do Estado do Amazonas ; Tsiiary Pereira Duarte|tsiiaryduarte@hotmail.com|enfermeira|especialista|enfermeira|secretaria Municipal de Saúde de Manaus ; Anne Patricia Fernandes Torres|anne_fernandes2@hotmail.com|enfermeira|especialista|enfermeira|instituição Privada de Saúde ; Simone Alves da Silva|simone.alves22@hotmail.com|enfermeira|especialista|mestranda do Programa de Mestrado Profissional Enfermagem Em Saúde Pública|universidade do Estado do Amazonas

Resumo:
**Introdução. **Os desfechos perinatais são influenciados por determinantes de nível macro, como fatores sociais, econômicos e culturais  (distais), outros relativos às condições de vida e trabalho (intermediários) e ainda por comportamentos individuais (proximais). **Objetivo**: caracterizar a atenção pré-natal por meio de análise da caderneta da gestante e dos desfechos perinatais em uma maternidade pública de Manaus. **Método: **estudo transversal, conduzido com uma amostra probabilística do atendimento anual ao parto em uma maternidade (n=368). A coleta de dados foi consecutiva até alcançar o tamanho amostral, em 2017, por meio de entrevistas, utilizando-se de questionário estruturado (características demográficas, socioeconômicas e maternas) e análise de prontuário e caderneta da gestante (características maternas, gestacionais e perinatais). Análise descritiva. **Resultados: **idade média de 24 anos (SD=6,5), casada/união estável (67,9), mais da metade tem ensino médio (67,9%), sem carteira assinada (87,8%), renda familiar mensal ≤ R$1000,00 (57,3%) e mais metade morava com cinco ou mais moradores (62%).  Quanto às características maternas, metade era primípara ou segundigesta; histórico de perdas alcançou 22%; 5,5% não realizou pré-natal; 46,3% o iniciou a partir do 2º trimestre e menos da metade realizou seis ou mais consultas (46,5%). Quanto aos desfechos perinatais do parto atual, 25,6% foi cesárea, a proporção de baixo peso foi de 6,8%, 9,6% teve apgar de 1º minuto de sofrimento, o auxílio respiratório foi necessário para 5% dos RN e 2,2% precisou ser conduzido à UTI. **Conclusões: **a reversão dos resultados negativos requer estratégias que passam por políticas públicas de ampliação cobertura de equipes de saúde da estratégia saúde da família e da qualificação dos profissionais para focalizar mulheres mais vulneráveis. **Implicações para a enfermagem**.  O conhecimento epidemiológico descritivo sobre as situações relativas à gestação e desfechos perinatais é necessário para produção e mensuração de boas práticas de enfermagem no âmbito da atenção primária à saúde.


Referências:
VICTORA, C.G; BARROS, F.C. Infant mortality due to perinatal causes in Brazil: trends, regional patterns and possible interventions. São Paulo Med J. 2001;119(1):33-42. CESAR, J.A et al. Assistência pré-natal nos serviços públicos e privados de saúde: estudo transversal de base populacional em Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2012; 28(11): 2106-2114.