4950261 | VIOLÊNCIA RELACIONADA AO TRABALHO DA EQUIPE DE SAÚDE DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA | Autores: Elias Barbosa de Oliveira|eliasbo@oi.com.br|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor Associado|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Caroline do Nascimento Leite|carolnascimento0402@gmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|professor Auxiliar|universidade Estácio de Sá ; Fernanda Medeiros da Fonseca Beiral|fernanda.mf19@hotmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|enfermeira|hospital Universitário Clementino Fraga Filho ; Bruna dos Reis Martins|enfabrunamartins@gmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|professor Auxiliar|centro Universitário Celso Lisboa ; Daniel da Silva Granadeiro|nielump@hotmail.com|enfermeiro|mestre Em Enfermagem|professor Auxiliar|professor Centro Universitário Augusto Motta |
Resumo: Recorte de dissertação de mestrado que possui como objeto “Violência
relacionada ao trabalho da equipe de saúde da Estratégia de Saúde da Família
(ESF)”. Os objetivos do estudo foram: identificar os tipos de violência
relacionada ao trabalho na ESF, descrever as repercussões da violência para a
saúde dos trabalhadores e analisar as estratégias de enfrentamento adotadas.
Método qualitativo, descritivo e exploratório. O campo foi uma unidade da ESF
localizada Rio de Janeiro. Participaram do estudo 27 trabalhadores da saúde:
agentes comunitários de saúde, enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem e
de higiene bucal. As entrevistas foram realizadas na própria unidade e
gravadas após a autorização pelo CEP e assinatura do termo de consentimento
livre e esclarecido (TCLE) no segundo semestre de 2018. Na categorização dos
depoimentos trabalhou-se com a técnica de análise de conteúdo temática, sendo
os resultados discutidos a luz da Psicodinâmica do Trabalho. Dentre os tipos
de violência, evidenciou-se a psicológica perpetrada pelos usuários através de
agressão verbal, intimidações e ameaças e a violência urbana devido à
exposição a tiroteios, tráfico de drogas e assaltos, com repercussões para a
Saude Mental diante das queixas de medo, insegurança, estresse, nervosismo,
tensão, insatisfação, desmotivação e até mesmo desistência do trabalho. Dentre
as estratégias de defesa verificou-se o silêncio, a resignação, a banalização
e a utilização de dispositivo de acesso seguro. Implicações para a prática: a
violência por afetar a saúde mental dos trabalhadores necessita de intervenção
por parte da ESF de modo a manter a saúde do grupo e a qualidade do cuidado
ofertado. Concluiu-se que os trabalhadores da ESF por atuarem em área
considerada de risco, encontram-se expostos a violência psicológica e urbana
com implicações para a saúde mental, apesar das estratégias adotadas.
Referências: Dal Pal, D. et al. Violência, burnout e transtornos psíquicos menores no trabalho hospitalar. Rev Esc Enferm USP. v.49, n.3, p.460-468, 2015.
Dejours C. O trabalho como enigma. In: LANCMAN, S.; SZNELWAR, L.I. (Org.). Christophe Dejours: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/Brasília: Paralelo v.15, p. 127-140, 2008. |