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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 4946671


4946671

USO DE AGROTÓXICOS: O PAPEL DO ENFERMEIRO PESQUISADOR NA PROMOÇÃO EM SAÚDE

Autores:
Djeniffer Regina Menti|drmenti@ucs.br|acadêmica de Enfermagem|graduanda de Enfermagem|bolsista Bic-ucs|universidade de Caxias do Sul ; Nilva Lúcia Rech Stedile|nlrstedi@ucs.br|enfermeira|pós-doutora|professora Titular E Pesquisadora|universidade de Caxias do Sul ; Fernanda Meire Cioato|fmcioato@ucs.br|acadêmica de Enfermagem|graduanda de Enfermagem|bolsista Cnpq|universidade de Caxias do Sul ; Taís Furlanetto Bortolini|tfbortolini1@ucs.br|acadêmica de Enfermagem|graduanda de Enfermagem|bolsista Probic-fapergs|universidade de Caxias do Sul

Resumo:
São inúmeros os impactos na saúde gerados pelo uso e manejo indiscriminado dos agrotóxicos. Os efeitos dessa prática atingem tanto o ambiente, quanto as condições de saúde do agricultor e dos consumidores. Esses impactos estão intimamente relacionados ao modelo de desenvolvimento para produção em larga escala. O trabalho objetiva analisar o papel do enfermeiro na capacitação de agricultores para o uso consciente dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e para o manejo adequado dos agrotóxicos, como parte inerente ao processo de pesquisa. Trata-se de um estudo de campo de natureza quali- quantitativa realizado por meio de entrevistas com 104 agricultores em Vacaria (RS). Os resultados mostram que, 13,5% dos trabalhadores não utilizam nenhum EPI e 28,8% utilizam os oito preconizados. Quanto ao manejo das embalagens, 9% referem queimá-las e 19% não foram informados sobre o local de devolução das mesmas. Como parte do compromisso ético na realização de pesquisa de campo, com base nos resultados foram realizadas oficinas de capacitação por acadêmicos e profissionais de enfermagem, como forma de prevenção de agravos e promoção à saúde. Tendo em vista essa problemática, o enfermeiro mostrou-se protagonista importante como pesquisador na coleta e análise dos dados, na socialização dos mesmos e no uso dos resultados da pesquisa para a educação em saúde. O conjunto de dados mostra que os agricultores e a população em geral estão submetidos a riscos pelo uso inadequado dos EPIs e pelo manejo inadequado dos agrotóxicos e o enfermeiro como pesquisador revela-se capaz de identificar, analisar e implementar medidas que minimizem riscos, com base nas evidências encontradas e nos conhecimentos da prática profissional. Mostra ainda que o compromisso do enfermeiro pesquisador ultrapassa os limites de pesquisa, estendendo sua contribuição à melhoria da qualidade de vida dos participantes.


Referências:
Brasil. Lei 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências [Internet]. Brasília, 1999 [acesso em 2019 mar. 15]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795.htm Brasil. Resolução n° 2, de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental [Internet]. Brasília, 1999 [acesso em 2019 mar. 15]. Disponível em: http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/conteudo/iv-cnijma/diretrizes.pdf Bombardi LM, Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia [tese]. São Paulo: FFLCH – USP; 2017. Carneiro FF, Rigotto RM, Augusto LGS, Friedrich K, Búrico AC. Dossiê ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Rio de Janeiro: EPSJV; São Paulo: Expressão Popular; 2015. Peres F, Moreira JC. É veneno ou é remédio? agrotóxicos, saúde e ambiente. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; 2003.