4861286 | DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PREVALENTES EM POTENCIAIS DOADORES DE ÓRGÃOS EM MORTE ENCEFÁLICA | Autores: Éder Marques Cabral|marquescabral.eder@gmail.com|enfermeiro|mestrando|enfermeiro|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Luciana Nabinger Menna Barreto|luciana.nabinger@gmail.com|enfermeira|doutora|enfermeira|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Jéssica Morgana Gediel Pinheiro|jessica.mpinheiro@gmail.com|enfermeira|mestranda|enfermeira|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Miriam de Abreu Almeida|miriam.abreu2@gmail.com|professora|doutora|professora|universidade Federal do Rio Grande do Sul |
Resumo: Introdução: Os transplantes de órgãos de doadores falecidos são a maioria,
sendo que o processo de doação de órgãos compreende um procedimento complexo.
Dentre as causas para não efetivação do transplante destacam-se problemas na
manutenção do potencial doador. A aplicação do processo de enfermagem a este
paciente auxilia na sistematização do cuidado. Neste contexto, é importante o
uso de diagnósticos de enfermagem (DEs) acurados para um plano de cuidados
mais efetivo. Objetivo: Identificar os DEs prevalentes em potenciais doadores
de órgãos em morte encefálica (ME). Método: Estudo descritivo, quantitativo e
transversal. A coleta de dados foi realizada retrospectivamente em prontuários
de potenciais doadores de órgãos em dois hospitais de grande porte de Porto
Alegre. Utilizou-se estatística descritiva para análise dos dados. O estudo
foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa das duas instituições.
Resultados: No período entre 2012 a 2018, foram analisados 145 prontuários de
potenciais doadores de órgãos. Destes, 56,6% (n=82) eram do sexo feminino com
média de idade de 50,8 anos (desvio padrão de 16,8). Dos 31 DEs identificados,
os mais prevalentes foram: Ventilação Espontânea Prejudicada com 55,2% (n=80),
Risco de Infecção com 50,3% (n=73), Síndrome do Autocuidado com 42,8% (n=62),
Risco de Perfusão Tissular Cerebral Ineficaz com 16,6% (n=24), Risco de Lesão
por Pressão com 13,1% (n=19) e Capacidade Adaptativa Intracraniana Diminuída
com 11,7% (n=17). Conclusão: Os DEs estabelecidos não contemplam,
especificamente, a condição de potencial doador de órgãos, dificultando o
planejamento dos cuidados necessários para a manutenção deste paciente.
Implicações para a Enfermagem: Uma vez que os cuidados de enfermagem são
imprescindíveis para a manutenção do potencial doador, considera-se um entrave
na assistência desses pacientes a ausência de um DE específico para esta
condição clínica.
Referências: Batista, C. M. M., Moreira, R. S. L., Pessoa, J. L. E., Ferraz, A. S., & de Aguiar Roza, B. (2017). Perfil epidemiológico dos pacientes em lista de espera para o transplante renal. Acta Paulista de Enfermagem, 30(3), 280-286.
Ramos, A. S. M. B., Carneiro, A. R., Pessoa, D. L. R., Fontenele, R. M., Machado, M. C. A. M., & Nunes, S. F. L. (2019). O enfermeiro no processo de doação e transplante de órgãos. Revista Recien-Revista Científica de Enfermagem, 9(25), 3-10.
Vieira, M. S., Nogueira, L. T. (2015). O processo de trabalho no contexto da doação de órgãos e tecidos [The work process in the context of organ and tissue donation]. Revista Enfermagem UERJ, 23(6), 825-831. |