4823155 | VULNERABILIDADE CLINICO-FUNCIONAL DE IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON ATENDIDOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO EM MINAS GERAIS | Autores: Alcimar Marcelo do Couto|alcimar.couto@bol.com.br|enfermagem|mestrado Em Enfermagem|enfermeiro Saúde do Idoso|hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais ; Carolina Sales Galdino|carolgaldino_17@hotmail.com|enfermagem|aluna de Graduação|aluna de Graduação|escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais ; Sonia Maria Soares|smsoares.bhz@terra.com.br|enfermagem|doutora Em Saúde Pública|professora Associada|escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais |
Resumo: A Doença de Parkinson, uma afecção degenerativa do sistema nervoso central tem
apresentado um impacto mundial significativo com altos custos sociais e
econômicos. Tem-se como objetivo descrever o perfil clínico-funcional de
idosos com Doença de Parkinson atendidos em um Centro de Referência de Atenção
a Saúde do Idoso de Minas Gerais. Realizou-se estudo documental, descritivo de
abordagem quantitativa, que analisou 103 planos de cuidados de idosos com
diagnóstico confirmado de Doença de Parkinson atendidos no primeiro semestre
de 2018. Utilizou-se o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20)
para identificar a fragilidade clínico-funcional dos idosos e seus marcadores.
Os resultados indicaram predomínio do sexo feminino (63,1%), na faixa etária
de 80 a 89 anos (39,8%) e com baixa escolaridade (1 a 4 anos de estudo).
Observa-se que 5 (4,8%) foram considerados robustos, 11 (10,7%) em risco de
fragilização e 86 (83,5%) frágeis. Em relação aos marcadores de fragilidade
destacam-se a mobilidade (95,2%), cognição (73,8%), autopercepção da saúde
(72,8%) e Atividades Instrumentais de Vida Diária (70,9%). Ao analisar se
houve declínio funcional verifica-se que em 91 (88,3%) o declínio está
estabelecido e em 4 (3,9%) iminente. Entre as comorbidades destacam-se a
hipertensão arterial (53,4%), a incapacidade cognitiva (43,7%) e a depressão
(37,9%). Os resultados apontam um alto índice de fragilidade e de impacto da
doença na funcionalidade dos idosos. A identificação precoce dos marcadores
de vulnerabilidade clínico-funcional em parkinsonianos é muito importante para
se evitar os desfechos desfavoráveis relacionados à fragilidade. Além da
deterioração da qualidade de vida, a fragilidade acarreta aumento da
sobrecarga dos cuidadores e altos custos com cuidados à saúde.
Referências: 1. Lennaerts H, Groot M, Rood B. A Guideline for Parkinson´s Disease Nurse Specialists, with Recommendations for Clinical Practice. . J. Parkinsons Dis. 2017; 7(4): 749-54.
2. Moraes EN, Carmo JA, Moraes FL, Azevedo RS, Machado CJ, Montilla DER. Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do idoso frágil. Rev.Saúde Pública. 2016; 50(81): 1-10 |