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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 4811043


4811043

SAÚDE E QUALIDADE AMBIENTAL: CONSCIENTIZANDO A COMUNIDADE SOBRE A IMPORTÂNCIA DA SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Autores:
Fernanda Meire Cioato|fmcioato@ucs.br|acadêmica de Enfermagem|graduanda de Enfermagem|bolsista Cnpq|universidade de Caxias do Sul ; Nilva Lúcia Rech Stedile|nlrstedi@ucs.br|enfermeira|pós-doutora|professora Titular E Pesquisadora|universidade de Caxias do Sul ; Djeniffer Regina Menti|drmenti@ucs.br|acadêmica de Enfermagem|graduanda de Enfermagem|bolsista Bic-ucs|universidade de Caxias do Sul ; Taís Furlanetto Bortolini|tfbortolini1@ucs.br|acadêmica de Enfermagem|graduanda de Enfermagem|bolsista Probic-fapergs|universidade de Caxias do Sul

Resumo:
As questões ambientais são um problema de saúde e o manejo dos resíduos sólidos está inteiramente atrelado às questões culturais relacionadas aos padrões de consumo da sociedade, que pode resultar em efeitos danosos ambientais e de Saúde Pública. No caso da saúde ambiental há Políticas Públicas relacionadas à saúde e ao meio ambiente que precisam ser observadas. Nas duas dimensões, o enfermeiro pesquisador precisa preocupar-se com a educação em saúde. O trabalho objetiva identificar o conhecimento de moradores da região da Serra Gaúcha (RS) sobre o descarte de resíduos sólidos e avaliar oficinas enquanto técnica educativa de capacitação para a segregação adequada dos resíduos de origem domiciliar. Trata-se de um estudo de campo, quali- quantitativo, que verificou a percepção e as práticas de descarte dos resíduos domésticos de 108 participantes em oficinas de educação ambiental desenvolvidas por uma equipe interdisciplinar. Os resultados mostram que a maior parte dos participantes possuía conhecimento prévio sobre os resíduos domiciliares classificados como “orgânico” e “reciclável” (96,11% e 73,48%) respectivamente e quanto ao tipo de dispositivo adequado para o descarte. Os resíduos os quais apresentaram maior dificuldade para caracterização foram o “rejeito” e “perigoso” (60,34% e 32,77%), o que representa riscos ambientais e à saúde. Houve aumento no percentual de acertos em todas as categorias após a realização das oficinas. Observou-se que os participantes relacionam os resíduos ao “lucro” que representam aos catadores e a “preservação ambiental”. A oficina como estratégia educativa mostrou-se um recurso adequado ao desenvolvimento de habilidades para segregar resíduos, para promoção e proteção da saúde, uma vez que o público pôde relacionar seu conhecimento às novas informações, melhorando sua performance na segregação dos resíduos.


Referências:
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