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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 4768919


4768919

ANÁLISE DAS BOAS PRÁTICAS E INTERVENÇÕES DURANTE O TRABALHO DE PARTO E PARTO

Autores:
Isaura Danielli Borges de Sousa|isauradanielli@ufpi.edu.br|enfermeiro|mestre|docente|universidade Federal do Piauí ; Layane Morais Lima||enfermeiro|graduação|enfermeiro|universidade Federal do Piauí ; Lívia Maria Nunes de Almeida||enfermeiro|mestre|docente|universidade Federal do Piauí

Resumo:
**Introdução:** O parto constitui uma experiência humana significativa, que na perspectiva da mulher é um dos momentos mais aguardado, acompanhado de entusiasmo, medo e excitação durante todo o processo de gestação. Antigamente, a atividade de assistência ao parto era de competência das mulheres, visto que apenas as parteiras poderiam realizá-lo, porque detinham do conhecimento passado de geração para geração. Além disso, era realizado no domicílio da parturiente, a qual solicitava a presença dessa profissional que auxiliaria nesse momento. No século XX, em virtude das elevadas taxas de óbitos materno e infantil, constatou-se a necessidade de mudança do parto domiciliar para a unidade hospitalar, deixando a família sem contato, surgindo a necessidade do desenvolvimento de um conjunto de ações, chamadas de intervenções, que podem acarretar em bons resultados ou não para a vida do binômio mãe e filho.  **Objetivo:** Analisar as evidências científicas na literatura sobre as boas práticas e intervenções executadas no trabalho de parto e parto. **Material e métodos:** Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual utilizou-se descritores controlados, selecionados através da estratégia PICO, para a busca nas bases de dados SCIELO, LILACS, MEDLINE, sendo encontradas 266 publicações. **Resultados e discursão:** O total de 20 artigos foram incluídos no estudo para ser analisados. Foram publicados a partir do ano 2000, nas línguas portuguesa e inglesa, classificadas como primárias ou originais, categorizados em: caracterização dos periódicos (título, autoria, periódico, base de dados e ano); síntese dos estudos (o que foi abordado no estudo, objetivos, resultados/discursão e conclusão); e, boas práticas e intervenções no trabalho de parto e parto. Como boas práticas de enfermagem foram encontrados, entre outros, a deambulação, mudança de posição durante o trabalho de parto, massagem na região lombar, respiração, banho de imersão ou aspersão morno e a presença do acompanhante. Como intervenção no pré-parto e parto, foram observados resultados sobre episiotomia, posição de litotomia, parto cirúrgico e medicações para indução do parto. As intervenções são levantadas como atividades prejudiciais ao binômio mãe e filho, porém a preocupação do parto avançar junto às tecnologias, gera uma ausência da avaliação minuciosa do risco-benefício de cada intervenção. **Considerações finais:** O processo gravídico puerperal demanda uma assistência digna e de qualidade que não se limite à expulsão ou extração de um feto do ventre da mulher, é um fenômeno que necessita a implementação de uma assistência verdadeiramente humanizada, com todos os profissionais da saúde respeitando as normas e condutas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde, considerando os sentimentos e valores da mulher. Humanizar a assistência ao parto e nascimento pelas condições culturais e econômicas do nosso país parece ainda ser um sonho distante, mas acredita-se que, com o trabalho em equipe dos profissionais, essa ideia será aceita e implementada nas unidades de saúde.


Referências:
BELEZA, A. C. S., et al. Mensuração e caracterização da dor após episiotomia e sua relação com a limitação de atividades, Ver. Bras. Enferm. V. 65, n. 2, mar./abr. 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento / Ministério da Saúde. Universidade Estadual do Ceará. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. COSTA, A. Nascer no Brasil: Ministério da Saúde e Fiocruz divulgam resultados de pesquisa sobre atenção ao parto e nascimento no país. Rede humaniza SUS, 2014. FRANZON, A. C. A., et al. Estar Grávida e Parir no Brasil: Epidemiologia e análise crítica. RESC. v. 1, n. 4. Set, 2014. GONZALEZ, H. Enfermagem em Ginecologia e Obstetrícia. 12 ed. São Paulo: SENAC, 2006. NASCIMENTO, N. M., et al. Tecnologias não invasivas de cuidado no parto realizado por enfermeiras: a percepção de mulheres. Esc Anna Nery, v. 14, n. 3, p. 456-61, 2010. PEREIRA, G. V; PINTO, F. A. Episiotomia: uma revisão de literatura. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde [onlinde], v.15, n.3, pp.183-196. 2011. RABELO, M. Reorganização da gestão e do modelo de assistência obstétrica e uma maternidade de risco habitual. 121f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Setor de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Paraná. 2015. DOS REIS, S. L. S., et al. Parto normal X Parto Cesário: análise epidemiológica em duas maternidades no Sul do Brasil. Rev AMRIGS, 53(1):7-10. 2009.