4457666 | PERCEPÇÃO DE IDOSOS QUILOMBOLAS SOBRE A QUALIDADE DE VIDA NA VELHICE | Autores: Virginia Visconde Brasil|viscondebrasil@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor|universidade Federal de Goiás ; Letícia Lira Fernandes|leticiafernandesapx@gmail.com|acadêmico de Enfermagem|estudante|estudante|centro Universitário Luterano de Palmas ; Rafaela Peres Boaventura|rafaelaboaventura@gmail.com|enfermeiro|doutoranda|professor|centro Universitário Luterano de Palmas ; Fernando Rodrigues Peixoto Quaresma|ferodriguesto@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor|universidade Federal do Tocantins ; Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva|marciocmed@gmail.com|biomédico|doutor|professor|pontifícia Universidade Católica de Goiás |
Resumo: **Objetivo: **avaliar a percepção de idosos quilombolas sobre a qualidade de vida (QV) na velhice. **Método:** estudo transversal realizado com idosos de cinco comunidades quilombolas do Tocantins, usando o WHOQOL-Bref e Old para avaliação da QV. Análise das variáveis feita com t-Student, Anova e Kruskal-Wallis. **Resultados:** entrevistados 35 quilombolas com idade média 72,5±7,9 anos, que vivem com companheiro (71,4%). A maioria (74,2%) possui escolaridade até fundamental incompleto e 48,5% depende de auxílio financeiro governamental. A maior média dos escores do WHOQOL-BREF foi no domínio Relações Sociais (72,1) e a menor no Meio Ambiente (58,5). As mulheres tiveram os domínios Físico e Relações Sociais mais comprometidos que os homens. A avaliação da QV dos idosos no módulo Old obteve escore total 56, mas não apontou diferença entre homens e mulheres. O escore médio da faceta Atividades Passadas, Presentes e Futuras foi o mais alto (70,6) e o mais baixo foi na faceta Morte e Morrer. Quanto maior a idade, pior foi a avaliação da QV nos escores de ambos instrumentos. A baixa percepção da QV foi influenciada pelos itens medo de morrer, autonomia e mal funcionamento dos sentidos; a melhor percepção foi relacionada à liberdade nas decisões, à satisfação com aquilo que alcançaram na vida, com o modo com que usam o tempo, por serem felizes com o que há por vir e com sentimento de amor na vida. **Conclusão:** a vulnerabilidade da QV dos idosos quilombolas tem maior relação com aspectos físicos próprios da idade, o que tende a facilitar ações profissionais direcionadas.** Implicações para Enfermagem**: incluir avaliação da QV como desfecho em saúde e viabilizar acesso do grupo aos serviços de saúde, pode minimizar insegurança associada à morte sem recursos e favorecer condições que melhorem QV na velhice.
Referências: Fleck Marcelo PA, Louzada Sérgio, Xavier Marta, Chachamovich Eduardo, Vieira Guilherme, Santos Lyssandra et al . Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida "WHOQOL-bref". Rev. Saúde Pública [Internet]. 2000 Apr [cited 2019 Apr 29] ; 34( 2 ): 178-183. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000200012&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102000000200012.
Fleck Marcelo P, Chachamovich Eduardo, Trentini Clarissa. Development and validation of the Portuguese version of the WHOQOL-OLD module. Rev. Saúde Pública [Internet]. 2006 Oct [cited 2019 Apr 29] ; 40( 5 ): 785-791. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102006000600007&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102006000600007. |