4438794 | PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DO SUICÍDIO NA POPULAÇÃO INDÍGENA E NÃO INDÍGENA DE UM ESTADO DO NORTE DO BRASIL | Autores: Suzana Rosa André|suzanarandre@gmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|doutoranda Bolsista Capes|universidade Federal do Rio de Janeiro ; Cláudia Maria Rosa Braga|kakaurosa_@hotmail.com|enfermeira|graduação Em Enfermagem|residente Bolsista Pela Universidade do Estado do Pará|universidade do Estado do Pará ; Laura Maria Vidal Nogueira|lauramavidal@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Adjunto Universidade do Estado do Pará|universidade do Estado do Pará ; Ivaneide Leal Ataíde Rodrgues|ilar@globo.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Adjunto Universidade do Estado do Pará|universidade do Estado do Pará ; Lidiane de Nazaré Mota Trindade|lnmtrindade@gmail.com|enfermeira|graduação Em Enfermagem|enfermeira Analista de Risco Em Saúde|universidade do Estado do Pará |
Resumo: **Introdução: **O suicídio representa grande problema de Saúde Pública, estando entre as dez principais causas de morte no Brasil1. O suicídio indígena tem aumentado nos últimos anos. No período 2006-2010, a taxa de mortalidade por suicídio entre indígenas foi estimada em 12,6/100 mil habitantes, 2,3 vezes superior àquela entre os não indígenas2. **Objetivo: **Analisar o perfil epidemiológico de suicídio na população indígena e não indígena no Pará, no período de 2010 a 2015.** Método:** Estudo descritivo com abordagem quantitativa3, realizado a partir de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade. As variáveis foram analisadas pelo software _Statistical Program for Social Sciences (SPSS) _versão 20. A associação entre as variáveis foi medida pelo teste qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5% (p< 0,05). **Resultados:** Foram estudados 1.387 registros de suicídio. A taxa de mortalidade entre indígenas mostrou-se superior em relação aos não indígenas, alcançando 0,168/100 mil habitantes e 0,172/100 mil habitantes, respectivamente. Identificou-se a predominância do suicídio entre os homens para população não indígena (80,43%) e entre as mulheres para os indígenas (57,14%). As idades entre 20 a 39 foram as mais prevalentes em ambos os grupos, com ocorrência do agravo em indígenas com mais de 80 anos. As mortes por suicídio foram mais expressivas entre pessoas com baixa escolaridade nos dois grupos étnicos. **Conclusão**: Identificou-se especificidades étnico-raciais na mortalidade por suicídio. Entre os indígenas, as taxas foram mais elevadas evidenciando a necessidade de políticas diferenciadas considerando sua diversidade cultural.** Contribuições/implicações para a Enfermagem:** Considerando o cenário do suicídio no estado, as práticas de cuidado de enfermagem devem ser voltadas para planejamento de ações preventivas para o agravo nos diferentes contextos étnicos tendo em vista o perfil da população com maior vulnerabilidade.
Referências: 1.Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Suicídio. Saber, agir e prevenir. Boletim Epidemiológico. 2017 [cited 2019 apr 28] ;48(30):1-15. Available from: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/2017-025-Perfil-epidemiologico-das-tentativas-e-obitos-por-suicidio-no-Brasil-e-a-rede-de-atencao-a-saude.pdf
2. Souza MLP, Onety Junior RTS. Characteristics of suicide mortality among indigenous and non-indigenous people in Roraima, Brazil, 2009-2013.Epidemiol. Serv. Saude. 2017; 26(4):887-93.
3.Lakatos EM, Marconi MA. Metodologia do trabalho científico:
procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e
trabalhos científicos.São Paulo, 2017. |