4268022 | O cuidado transcultural de enfermagem ao agressor familiar | Autores: Hugo Fernandes|hugoenf@yahoo.com.br|estudante de Pós-graduação|pós-doutorando|professor|universidade Federal de São Paulo ; Maykon Brito Brandão||estudante de Graduação|graduando|estudante|universidade Federal de São Paulo ; Paula Hino||enfermeira|doutora|professora|universidade Federal de São Paulo ; Mônica Taminato||enfermeira|doutora|professora|universidade Federal de São Paulo ; Conceição Vieira da Silva Ohara||enfermeira|doutora|professora|universidade Federal de São Paulo |
Resumo: **Introdução**: A violência familiar é um fenômeno complexo, desencadeado por múltiplos determinantes e deve ser visto no contexto, meio social e momento histórico que acontece, incluindo as percepções dos indivíduos envolvidos (vítimas, agressores e testemunhas). Quase sempre enfermeiros envolvidos na temática tendem a se compadecer com a vítima, prestando assistência zelosa e adotando as medidas cabíveis recomendadas em fluxos ou linhas de cuidado à pessoa em situação de violência. Todavia, os agressores tendem a ser rejeitados e não acolhidos de forma adequada pelos profissionais de saúde. **Objetivo**: Analisar a percepção de estudantes de graduação em enfermagem sobre o cuidado dispensado ao agressor familiar. **Método**: Estudo descritivo de abordagem qualitativa, realizado com concluintes de enfermagem de uma universidade pública da Região Sudeste do Brasil. A amostra foi composta por 37 sujeitos. A coleta de dados foi realizada no segundo semestre de 2018 em locais privativos e seguros na universidade. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas de acordo com a técnica de análise de conteúdo. Foi usada a Teoria do Cuidado Transcultural de Madeleine Leininger como referencial teórico. **Resultados**: A análise das narrativas embasou a construção de quatro categorias: “O cuidado do agressor junto com a família”, “Reconhecimento dos valores e cultura familiar”, “A busca de conhecimento para cuidar do agressor e família”, “O cuidado multidisciplinar e intersetorial para enfrentamento da violência”. **Conclusão**: Os estudantes pesquisados evidenciam grande dificuldade para cuidar de agressores familiares, mas enxergam a necessidade de busca de conhecimento para prestar assistência ao binômio agressor-família de modo não fragmentado ou individual, mas sistêmico. O uso do referencial teórico permitiu identificar que os valores culturais devem servir de base para o planejamento de ações para o agressor e família, favorecendo a compreensão do fenômeno da violência para todos os envolvidos.
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