4250200 | O USUÁRIO SURDO NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE: Percepção da equipe de enfermagem | Autores: Marcela Milrea Araújo Barros|mmilrea@hotmail.com|enfermeira|mestre|professora|uniron ; Vanessa Dourado de Oliveira|vani_dourado@hotmail.com.br|enfermeira|graduada Em Enfermagem|enfermeira|uniron ; Luana Paula de Figueiredo Correia|luanafcorreia@gmail.com|fonoaudióloga|mestre|fonoaudióloga Sesau-ro|ufrj |
Resumo: Introdução: Em 2005 foi promulgado o Decreto 5.626 que regulamenta a Lei de
Libras (2002), exigindo que serviços de saúde fossem preparados para atender
pessoas surdas, porém não torna obrigatória a disciplina de Libras na formação
em saúde. Profissionais de saúde pouco conhecem sobre a comunidade surda e seu
entendimento pode estar influenciado por estigmas, preconceitos, refletindo na
assistência (ARAUJO et al., 2015). Conhecer a percepção dos profissionais de
saúde sobre o atendimento ao surdo pode contribuir com propostas para
superação dessa problemática. Objetivo: Verificar percepção da equipe de
enfermagem quanto o atendimento ao surdo na Atenção Básica, em Porto Velho,
Rondônia. Método: pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, realizando-
se entrevista semiestruturada com equipe de enfermagem de unidade básica de
saúde, em 2018. A análise dos dados se deu pela técnica "análise conteúdo"
(MINAYO, 2010). Resultados: emergiram as categorias temáticas “Estratégias de
comunicação da equipe de enfermagem com usuário surdo”, “Dificuldades de
comunicação ao prestar atendimento ao surdo”, “Concepção da equipe de
enfermagem sobre o acolhimento ao usuário surdo”. Discussão: em relação às
estratégias de comunicação observou-se o uso de gestos, português escrito e
leitura labial. Quanto às dificuldades no atendimento, houve associação ao
processo de comunicação, atribuído principalmente ao despreparo, influenciando
o atendimento ofertado, interferindo negativamente na qualidade. Sobre a
concepção da equipe sobre o acolhimento, os profissionais se sentem
desconfortáveis e despreparados para atendimento por não compartilham a mesma
língua. Como a comunicação é fundamental para o acolhimento, esse se encontra
prejudicado. Conclusão: Necessário o aprendizado de Libras por parte da
equipe, desde a formação profissional, até a educação permanente nas unidades
de saúde. Estratégias de materiais didáticos acessíveis para surdo também são
imprescindíveis.
Referências: Araújo CCJ, Coura AS, França ISX, Araújo AKF, Medeiros KKAS. Consulta de Enfermagem às pessoas surdas: uma análise contextual. ABCS Health Sci. 2015;40(1):38-44.
Brasil. Decreto-Lei nº 5.296, de 02 de dezembro 2004. Regulamenta as Leis n°s 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade. 2005
BRASIL. Lei n° 10.436/2002, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Brasília, 2002.
Minayo, ER. Fundamentos de Pesquisa em Enfermagem: Avaliação de evidências para a prática da enfermagem. 7a ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. |