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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 4250200


4250200

O USUÁRIO SURDO NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE: Percepção da equipe de enfermagem

Autores:
Marcela Milrea Araújo Barros|mmilrea@hotmail.com|enfermeira|mestre|professora|uniron ; Vanessa Dourado de Oliveira|vani_dourado@hotmail.com.br|enfermeira|graduada Em Enfermagem|enfermeira|uniron ; Luana Paula de Figueiredo Correia|luanafcorreia@gmail.com|fonoaudióloga|mestre|fonoaudióloga Sesau-ro|ufrj

Resumo:
Introdução: Em 2005 foi promulgado o Decreto 5.626 que regulamenta a Lei de Libras (2002), exigindo que serviços de saúde fossem preparados para atender pessoas surdas, porém não torna obrigatória a disciplina de Libras na formação em saúde. Profissionais de saúde pouco conhecem sobre a comunidade surda e seu entendimento pode estar influenciado por estigmas, preconceitos, refletindo na assistência (ARAUJO et al., 2015). Conhecer a percepção dos profissionais de saúde sobre o atendimento ao surdo pode contribuir com propostas para superação dessa problemática. Objetivo: Verificar percepção da equipe de enfermagem quanto o atendimento ao surdo na Atenção Básica, em Porto Velho, Rondônia. Método: pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, realizando- se entrevista semiestruturada com  equipe de enfermagem de unidade básica de saúde, em 2018. A análise dos dados se deu pela técnica "análise conteúdo" (MINAYO, 2010).  Resultados: emergiram as categorias temáticas “Estratégias de comunicação da equipe de enfermagem com usuário surdo”, “Dificuldades de comunicação ao prestar atendimento ao surdo”, “Concepção da equipe de enfermagem sobre o acolhimento ao usuário surdo”. Discussão: em relação às estratégias de comunicação observou-se o uso de gestos, português escrito e leitura labial. Quanto às dificuldades  no atendimento, houve associação ao processo de comunicação, atribuído principalmente ao despreparo, influenciando o atendimento ofertado, interferindo negativamente na qualidade.  Sobre a concepção da equipe sobre o acolhimento, os profissionais se sentem desconfortáveis e despreparados para atendimento por não compartilham a mesma língua. Como a comunicação é fundamental para o acolhimento, esse se encontra prejudicado. Conclusão: Necessário o aprendizado de Libras por parte da equipe, desde a formação profissional, até a educação permanente nas unidades de saúde. Estratégias de materiais didáticos acessíveis para surdo também são imprescindíveis.


Referências:
Araújo CCJ, Coura AS, França ISX, Araújo AKF, Medeiros KKAS. Consulta de Enfermagem às pessoas surdas: uma análise contextual. ABCS Health Sci. 2015;40(1):38-44. Brasil. Decreto-Lei nº 5.296, de 02 de dezembro 2004. Regulamenta as Leis n°s 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade. 2005 BRASIL. Lei n° 10.436/2002, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Brasília, 2002. Minayo, ER. Fundamentos de Pesquisa em Enfermagem: Avaliação de evidências para a prática da enfermagem. 7a ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.