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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 4016300


4016300

FREQUÊNCIA E RAZÕES PARA A NÃO REALIZAÇÃO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DE ENSINO DE MINAS GERAIS

Autores:
Herica Silva Dutra|enfherica@gmail.com|enfermeira|doutora Em Ciências da Saúde|professora Adjunta|universidade Federal de Juiz de Fora ; Uindianara Tereza de Paula Silva Lacerda|uindianara23@gmail.com|enfermeira|graduação Em Enfermagem|enfermeira|universidade Federal de Juiz de Fora ; Camila Cristina de Souza Moura|camilacristina--@hotmail.com|estudante de Graduação Em Enfermagem|estudante de Graduação Em Enfermagem 9º Período|estudante de Graduação Em Enfermagem 9º Período|universidade Federal de Juiz de Fora ; Paula Ferreira Vieira|paula_ferreiravieira@hotmail.com|estudante de Graduação Em Enfermagem|estudante de Graduação Em Enfermagem 9º Período|estudante de Graduação Em Enfermagem 9º Período|universidade Federal de Juiz de Fora ; Edinêis de Brito Guirardello|guirar@unicamp.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Titular|universidade Estadual de Campinas

Resumo:
**Introdução:** omissão do cuidado refere-se ao cuidado de enfermagem que não foi realizado parcial ou completamente ou foi atrasado. **Objetivo: **avaliar a frequência e razões para a omissão do cuidado entre os profissionais de enfermagem em um hospital de ensino de Minas Gerais. **Método: **estudo transversal com a participação de 143 profissionais de enfermagem. Para a coleta de dados foi utilizado o MISSCARE-BRASIL. **Resultados:** os cuidados mais omitidos foram: participação em discussões da equipe multidisciplinar sobre a assistência ao paciente (52,4%), deambulação três vezes ao dia ou conforme prescrito (47,6%), sentar o paciente fora do leito (34,3%), planejamento e ensino do paciente/família para alta hospitalar (30,8%) e realizar mudança de decúbito a cada duas horas (25,6%). As principais razões para a omissão de cuidados foram: agravamento da condição dos pacientes ou aumento inesperado da quantidade de destes (74,8%), situações de urgência dos pacientes (70,6%), número inadequado de pessoal para a assistência ou atividades administrativas (67,8%), materiais não funcionaram adequadamente para assistir o paciente (61,5%), inadequação da planta física para realização das atividades assistenciais (60,8%) e número inadequado de pessoal (60,1%). **Conclusão: **investimentos no dimensionamento adequado de pessoal, adequação de recursos físicos e materiais para a assistência e estudo do perfil da clientela poderão contribuir para um melhor planejamento da assistência e reduzir a ocorrência da omissão de cuidados de enfermagem. **Implicações para a enfermagem: **recursos físicos e materiais, bem como equipe quantitativa e qualitativamente adequados são  indispensáveis para a prestação de cuidados de enfermagem de excelência.


Referências:
Kalisch BJ, Tschannen D, Lee H, Friese CR. Hospital variation in missed nursing care. Am J Med Qual. 2011;26(4):291-9. Kalisch BJ. Missed nursing care: A qualitative study. J Nurs Care Qual. 2006; 21(4):306–13. Kalisch BJ. Nurse and nurse assistant perceptions of missed nursing care: What does it tell us about teamwork? J Nurs Adm. 2009;39(11): 485–93. Kalisch BJ, Williams RA. Development and psychometric testing of a tool to measure missed nursing care. J NursAdm.2009;39(5): 211–19. Siqueira LDS, Caliri MHL, Haas VJ, Kalisch BJ, Dantas RAS.. Cultural adaptation and internal consistency analysis of the MISSCARE Survey for use in Brazil. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2013; 21(2):610-617. Siqueira LDS, Caliri MHL, Haas VJ, Kalisch BJ, Dantas RAS. Validação do MISSCARE-BRASIL - instrumento para avaliar omissão de cuidados de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2017; 25: e2975.