3770232 | CONDUTA DE ENFERMEIROS FRENTE À VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO CONTRA A MULHER GRÁVIDA | Autores: Selma Villas Boas Teixeira|selma.villasboas@globo.com|enfermeiro|doutor|professor Adjunto do Departamento de Enfermagem Materno Infantil|escola de Enfermagem Alfredo Pinto/unirio ; Beatriz Lima Pereira Leite|beatrizleite2709@gmail.com|enfermeiro|graduada|enfermeira|escola de Enfermagem Alfredo Pinto/unirio ; Leila Rangel Silva|leila.cuidadocultural@gmail.com|enfermeiro|pós-doutor|professor Associado do Departamento de Enfermagem Materno Infantil|escola de Enfermagem Alfredo Pinto/unirio ; Ana Claudia Matheus Barreto|amateusbarreto@yahoo.com.br|enfermeiro|doutor|professor Adjunto do Departamento de Enfermagem Materno Infantil|universidade Federal Fluminense |
Resumo: **CONDUTA DE ENFERMEIROS FRENTE À VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO CONTRA A MULHER GRÁVIDA**
Introdução: A violência contra a mulher grávida perpetrada por parceiro íntimo
(VPI) é reconhecida nas últimas décadas como grave problema de saúde pública.
Objetivos: analisar a conduta de enfermeiros que atuam nas unidades da
Estratégia de Saúde da Família frente à VPI contra a mulher grávida**.**
Método: pesquisa qualitativa e descritiva. Os cenários foram duas unidades da
Estratégia de Saúde da Família (ESF) localizada na zona sul do Rio de Janeiro.
Participaram 13 enfermeiros que atuavam em consultas de pré-natal, por no
mínimo 1 ano. Foram excluídos profissionais de outras categorias. A coleta de
dados ocorreu de agosto a novembro de 2018. A técnica adotada foi a entrevista
semiestruturada e individual. O processo analítico foi à análise temática.
Pesquisa aprovada pelo CEP da SMSDC RJ sob o Parecer nº 86207818.9.3001.5279.
Resultados: os participantes possuíam entre 25 a 60 anos, a maioria do sexo
feminino, pardas, possuíam pós-graduação e quatro fizeram capacitação. O tempo
de atuação variou de 1 a 20 anos. Todos reconheceram a importância da mulher
enfrentar o fenômeno para preservar a vida e a saúde. A maioria conhece a rede
de apoio social. Entretanto, desconhecem o fluxo de atendimento. Reconhecem a
importância da família, casas abrigo e do trabalho multiprofissional no
enfrentamento do fenômeno. Todos afirmaram ter conhecimento da ficha de
notificação de violência, mas somente 6 participantes o realizaram,
justificando dificuldades no preenchimento das mesmas, naturalização e
sobrecarga de trabalho. Conclusão: Há necessidade de capacitar e sensibilizar
os enfermeiros que atuam em consultas de pré-natal na detecção de novos casos,
favorecendo a visibilidade da VPI. Contribuições: favorecer o enfrentamento da
violência, por meio de condutas e encaminhamentos interinstitucionais,
interferindo no seu ciclo, prevenindo consequências graves para a saúde das
mulheres grávidas.
Referências: United Nations; Department of Economic and Social Affairs. The World’s Women 2010: trends and statistics [Internet]. New York: ONU; 2010.
Organização Pan-Americana da Saúde; Organização Mundial da Saúde. Prevenção da violência sexual e da violência pelo parceiro íntimo contra a mulher: ação e produção de evidência [Internet]. Genebra: OPAS/OMS; 2012. Teixeira SVB, Moura MAV, Silva LR, Queiroz ABA, Souza KV, Netto LA. Violência perpetrada por parceiro íntimo à gestante: o ambiente à luz da teoria de Levine. Revista da Escola de Enfermagem da USP. [Internet]. junho, 2015; 49(6):882-889. Carneiro JS, Valongueiro S, Ludermir AB, Araújo TVB. Violência física pelo parceiro íntimo e uso inadequado do pré-natal entre mulheres do Nordeste do Brasil. Rev. bras. epidemiol. [Internet]. 2016 Junho; 19(2):243-255. Teixeira, S.V.B. Violência de gênero contra a mulher grávida perpetrada por parceiro íntimo: análise à Luz da Teoria de Levine. [Tese de Doutorado]. 2013. Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro. |