3711486 | VIOLÊNCIA NO NAMORO: REPERCUSSÕES NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DE JOVENS UNIVERSITÁRIAS | Autores: Selma Villas Boas Teixeira|selma.villasboas@globo.com|enfermeiro|doutor|professor Adjunto do Departamento de Enfermagem Materno Infantil|escola de Enfermagem Alfredo Pinto/unirio ; Letícia Costa Matos|leticia.costa.nave@gmail.com|enfermeiro|graduada|enfermeira Residente do Hupe/uerj|universidade Estadual do Rio de Janeiro ; Alex Sandro Souza da Costa Junior|alex.costa.tyler@gmail.com|graduando|aluno Bolsista de Iniciação Científica|discente do Curso de Graduação Em Enfermagem da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto|escola de Enfermagem Alfredo Pinto/unirio ; Leila Rangel da Silva|leila.cuidadocultural@gmail.com|enfermeiro|pós-doutor|professor Associado do Departamento de Enfermagem Materno Infantil|escola de Enfermagem Alfredo Pinto/unirio |
Resumo: **VIOLÊNCIA NO NAMORO: REPERCUSSÕES NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DE JOVENS UNIVERSITÁRIAS**
**Introdução:** A violência no namoro é considerada um fenômeno multicausal, que possui fortes raízes culturais, familiares e pessoais. **Objetivos:** Identificar as formas de violência vivenciada pelas mulheres jovens universitárias e discutir as repercussões na saúde sexual e reprodutiva dessas mulheres. **Método:** pesquisa qualitativa e descritiva. O cenário foi o Campus de uma Universidade Pública no Rio de Janeiro. Participaram 28 mulheres jovens universitárias entre 19 e 24 anos, matriculadas na instituição, que afirmarem estar se relacionando ou já terem se relacionado com homens ou mulheres, por no mínimo 6 meses. Foram excluídas as estrangeiras e as casadas. A coleta de dados ocorreu de julho de 2018 a março de 2019. A técnica adotada foi a entrevista semiestruturada e individual. O processo analítico foi à análise temática. Pesquisa aprovada pelo CEP da UNIRIO sob o Parecer: 2.708.911. **Resultados: **As participantes cursavam Enfermagem, Medicina, Pedagogia, Biblioteconomia, Museologia e História. A maioria era parda, possuíam religião, tiveram sexarcas entre 15 e 17 anos e heterossexuais. Negaram terem contraído Infecções Sexualmente Transmissível e a maioria utilizava preservativo. Considerando as formas da violência, a psicológica esteve presente em 26 entrevistadas, seguida da moral, física, sexual e patrimonial. Evidenciou-se a sobreposição das formas de violência e a bidirecionalidade. As repercussões foram a infecções urinária, práticas sexuais dolorosas, gestações indesejadas, alterações nos ciclos menstruais e a perda da libido. **Conclusão:** A maioria dos relacionamentos foram abusivos e os homens, os maiores perpetradores da violência contra as jovens, reforçando a desigualdade de gênero. **Contribuições**: o estudo traz visibilidade a temática, ao fomentar a discussão nos espaços acadêmicos, favorecendo a Assistência, Pesquisa e Extensão Universitária. Além, refletir sobre estratégias de prevenção à violência no namoro, reduzindo riscos à saúde das jovens.
Referências: Ataíde, Marlene Almeida. Namoro: uma relação de violência entre jovens casais. R. Inter. Interdisc. INTERthesis, Florianópolis, v.12, n.1, p.248-270, Jan-Jun. 2015. Veríssimo, Cristina Maria Figueira. et al. Prevenir a violência no namoro - n(amor)o (im)perfeito - fazer diferente para fazer a diferença. Série Monográfica Educação e Investigação em Saúde. 2013. Wolford-Clevenger, Caitlin et al. Dating Violence Victimization, Interpersonal Needs, and Suicidal Ideation Among College Students. Crisis; Vol. 37(1):51–58. 2016. Shorey, Ryan et al. The Relation Between Alcohol Use and Psychological, Physical, and Sexual Dating Violence Perpetration Among Male College Students. Violence Against Women, Vol. 21(2) 151–164. 2015. Nelas, Paula et al. Violência no namoro, adaptabilidade e coesão familiar em estudantes do ensino superior. Revista INFAD de Psicología, v. 2, n. 1, p. 357-364, jul. 2016 |