20º SENPE

20º SENPE • ISSN: 2237-3454

Resumo: 3567359

3567359

A ATUAÇÃO SOBRE AS DESIGUALDADES SOCIAIS NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM

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**NTRODUÇÃO: **A discussão da desigualdade social e sua relação com os determinantes sociais da saúde, configura-se como significativo campo do saber e de prática na área da saúde, sobretudo ao tomarmos como objeto o desenvolvimento de competências para a atuação sobre as desigualdades sociais na educação em Enfermagem. **OBJETIVO: **Analisar na literatura científica as estratégias de ensino para o ensino das desigualdades sociais na formação em Enfermagem. **METODOLOGIA: **Trata-se de uma revisão integrativa, norteada pela questão: “Como a Enfermagem tem compreendido as desigualdades sociais na formação?”. Os critérios de inclusão foram: artigos, teses e dissertações que abordassem a formação do enfermeiro; o ensino da desigualdade; e/ou perfil dos estudantes de Enfermagem vulneráveis/carentes; nos idiomas português, inglês e espanhol; nos últimos 10 anos. Utilizou-se como descritores: Fatores Socioeconômicos, Disparidades no Níveis de Saúde, Iniquidade Social, Vulnerabilidade em Saúde, Marginalização Social, Formação Profissional, Currículo, Ensino, Enfermagem e Enfermeiros. Após a leitura dos resumos, títulos e aplicado os critérios de exclusão, obteve-se 17 artigos para análise na íntegra. **RESULTADOS:** Os artigos apresentaram resultados que discutem a aprendizagem em serviço, sendo esta apontada como uma estratégia potente para se trabalhar as desigualdades sociais. Os estudos analisados remetem a abordagem da pedagogia crítica, como método indispensável para se trabalhar a saúde pública. Quanto ao ensino, nota-se o investimento em disciplinas que incorporam os conceitos de justiça social, equidades sociais, advocacia em saúde, competência cultural, segurança cultural e defesa de direitos sociais, explicitada principalmente em atividades que integram o ensino-serviço-comunidade. Além disso, há também o ensino através de simulações virtuais e presenciais. É notório a potência da Enfermagem no enfretamento das desigualdades, por ser uma das profissões envolvidas diretamente na atenção à saúde da população, considerando as especificidades territoriais e as populações minoritárias/historicamente vulneráveis. **CONCLUSÃO:** Há estratégias na formação que abordam a compreensão das desigualdades, já que a Enfermagem tem como premissa que o cuidado em saúde reconhece as iniquidades em saúde, as complexidades que envolvem a pobreza e as barreiras no acesso ao sistema de saúde. Contudo, ainda é insuficiente o investimento em estratégias que estimulem o desenvolvimento de competências para superar as desigualdades sociais.

Referências:

Boswell C.; Cannon S.; Miller J. Nurses’ political involvement: Responsibility versus privilege. Journal of Professional Nursing, v. 21, n. 1, p. 5-8, 2005. Fairclough N. Discurso e mudança social. Tradução de I. Magalhães. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008. Fairclough N. Tradução de C. Magalhães. A análise crítica do discurso e a mercantilização do discurso público: as Universidades. In: MAGALHÃES, C. (Org.). Reflexões sobre a análise crítica do discurso. Belo Horizonte: Faculdade de Letras UFMG, 2001. p. 31-82 Reutter L and Kushner KE. ‘Health equity through action on the social determinants of health’: taking up the challenge in nursing. Nursing Inquiry 2010; 17: 269–280. Silva KL. et al. Educação em Enfermagem e os desafios para a promoção da saúde. Rev. Bras. Enferm., v. 62, n. 1, p. 82-91, 2009.