3504078 | SÍFILIS EM PUÉRPERAS EXPOSTAS AO TREPONEMA PALLIDUM NA GESTAÇÃO: UM ESTUDO CASO-CONTROLE | Autores: Janaina Vadares Guimarães|valadaresjanaina@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor Universitário|universidade Federal de Goiás ; Julyana Candido Bahia|julyanaweb@hotmail.com|enfermeiro|mestre|aluno do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Enfermagem da Ufg|universidade Federal de Goiás ; Maira Ribeiro Gomes|mairaribeiroenf@gmail.com|enfermeiro|residência Em Enfermagem Materno-infantil|aluna do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás|universidade Federal de Goiás ; Murielly Marques Oliveira|muriellymarques@gmail.com|enfermeiro|mestre|aluna do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás|universidade Federal de Goiás ; Nathalia Melo Costa|nathy.m.c.27@gmail.com|enfermeiro|graduada|aluno do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás|universidade Federal de Goiás |
Resumo: **OBJETIVO:**Verificar o perfil de puérperas e sua associação com a exposição ao _Treponema pallidum _(TP) na gestação. **MÉTODO**: Estudo caso-controle incluiu 184 puérperas da região central do Brasil, entre junho e novembro de 2018. A seleção dos casos e controles considerou o registro, no pré-natal, parto e/ou puerpério, de exposição ao TP, identificada com teste treponêmico e/ou não treponêmico. Foi calculado _odds ratio_(OR), intervalos de confiança de 95% (IC).**RESULTADOS:**Destaca-se entre os fatores associados a sífilis: não realização do pré-natal em gestações anteriores(OR:3,3; IC:1,5–7,6), quatro ou mais filhos (OR:3,4; IC:1,4–8,6), complicações na gestação (OR:1,8; IC:0,9–3,6), seis ou menos consultas pré-natais (OR:1,9; IC:1,2–2,8), parceiro atual não ser o pai do recém-nascido (OR:5,17; IC:1,3–25,5), início precoce da primeira relação sexual (OR:1,81; IC:1,2–2,7), início tardio do PN (OR:1,96; IC: 0,9–3,91), uso drogas na gestação (OR:1,97; IC:1,5–2,6), várias parcerias sexuais (OR:2,1; IC:1,4–3,3), abandono do pré-natal (OR:2,2; IC:1,4–3,5) e alto risco de nova exposição (OR:14,6; IC:1,4–473,1). **CONCLUSÕES:**A exposição a sífilis gestacional está associada a múltiplas características individuais e sociais e a assistência pré-natal precária. Destaca-se a importância de ações voltada às gestantes com exposição previa ao TP devido ao risco aumentado de perpetuação da infecção em gestações futuras.
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