3484281 | HANSENÍASE: PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO TRABALHADOR EM DECORRÊNCIA DA DOENÇA | Autores: Angela Maria Rodrigues Ferreira|amrferreira2008@hotmail.com|docente, Orientadora|doutorado|docente|universidade do Estado do Pará ; Jéssica Hegedus Camargo||enfermeira|mestre|enfermeira|universidade do Estado do Pará ; Deliane Silva de Souza||discente|graduação Em Enfermagem|discente|universidade do Estado do Pará ; Laíne dos Reis Macedo||discente|graduação Em Enfermagem|discente|universidade do Estado do Pará ; Gracileide Maia Corrêa||enfermeira|mestranda|enfermeira|universidade do Estado do Pará |
Resumo: HANSENÍASE: PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO TRABALHADOR EM DECORRÊNCIA DA DOENÇA*
_Angela Maria Rodrigues Ferreira_; Jéssica Hegedus Camargo; Deliane Silva de
Souza; Laíne dos Reis Macedo; Gracileide Maia Corrêa.
A hanseníase quando não diagnosticada e tratada precocemente, leva a
ocorrência de incapacidades físicas permanentes, que podem interferir de
maneira significativa na vida da pessoa, prejudicando o desenvolvimento de
suas atividades laborativas. **Objetivo** do estudo: descrever problemas
enfrentados pelo trabalhador em decorrência da hanseníase. **Método**: Estudo
descritivo, abordagem quantitativa realizado em 10 unidades de saúde da
atenção básica do município de Belém-Pará. Participaram 72 pacientes em
tratamento, com idade igual ou superior a 18 anos e que possuíam alguma
atividade trabalhista, independente do vínculo empregatício. A média de idade
predominante foi de 42,9 anos, sendo 69,4% do sexo masculino, 45,8% com nível
de escolaridade fundamental, renda mensal de 1 a 3 salários mínimo (59,7%),
ocupando cargos de trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas
e mercados (31,9%). Foi majoritária a forma clínica Dimorfa (72,2%), com
nervos afetados (52,8%) e, com 5 a 10 lesões cutâneas (51,3%). Foi
identificada presença de incapacidades físicas em 34,7% dos trabalhadores,
sendo esta, a principal causa indicada para os afastamentos do trabalho,
problema referido por 59,7% dos participantes. Outros problemas indicados
foram: restrição ao trabalho (56,9%), redução da capacidade laborativa
(55,5%), omissão do diagnóstico da doença (43%), falta de readaptação/mudança
de função (90,2%) e preconceito (26,3%). **Conclui-se** que a incapacidade
física é o principal motivo de afastamento do trabalhador de suas atividades
laborais, somado a problemas como a falta de readaptação de função,
necessitando de maior articulação entre as estratégias de atenção à hanseníase
e a saúde do trabalhador para a proposição de medidas que visem a minimização
dos problemas em decorrência da doença. **Contribuições para a enfermagem**: A
reflexão da enfermagem ao cuidar do trabalhador acometido pela hanseníase, que
atente para as repercussões financeiras e psicossociais que afeta o
trabalhador.
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