3465595 | VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA PERPETRADA PELO PARCEIRO ÍNTIMO E SUA ASSOCIAÇÃO COM FATORES SOCIOECONÔMICOS E REPRODUTIVOS | Autores: Thayna Souto de Lima Azevedo|thay.souto@hotmail.com|estudante|graduanda Em Enfermagem|estudante|universidade Federal do Espírito Santo ; Brenda Venturin|brendaventurin.enf@gmail.com|estudante|graduanda Em Enfermagem|estudante|universidade Federal do Espírito Santo ; Tamires Paulo Ceccon|tamires.pc@hotmail.com|estudante|graduanda Em Enfermagem|estudante|universidade Federal do Espírito Santo ; Franciéle Marabotti Costa Leite|francielemarabotti@gmail.com|professora|doutoranda Em Epidemiologia|professora|universidade Federal do Espírito Santo |
Resumo: **Objetivos: **Estimar a prevalência da violência psicológica contra a mulher cometida pelo parceiro íntimo ao longo da vida e sua associação com fatores socioeconômicos e reprodutivos.** Método:** Estudo epidemiológico, do tipo transversal. Utilizou-se o banco de dados de uma coleta realizada no período de agosto de 2017 a junho de 2018 em um Hospital Universitário do município de Vitória, onde foram entrevistadas 260 mulheres entre 20 a 59 anos. Para identificar o desfecho em estudo (violência psicológica ao longo da vida), foi utilizado o instrumento da Organização Mundial da Saúde e um formulário contendo as variáveis relacionadas às características reprodutivas e comportamentais da mulher. A análise dos dados foi feito através do Stata 13.0, onde foi realizado o teste Qui-quadrado de Pearson e o modelo de Regressão de Poisson. **Resultados: **A prevalência de violência psicológica, ao longo da vida, perpetrada pelo parceiro íntimo foi de 39,2% (IC 95%: 33,4 – 45,3). Observam-se maiores frequências desse agravo entre mulheres mais jovens (20 a 34 anos), de menor escolaridade (até oito anos de estudo), que possuem companheiro, cuja menarca aconteceu entre 12 e 13 anos, que tiveram quatro ou mais parceiros sexuais na vida e cujo parceiro já se recusou ao uso do preservativo durante a relação sexual (p<0,05). **Conclusão: **Os resultados mostraram a alta prevalência da violência psicológica contra as mulheres perpetradas pelo parceiro íntimo, e que esse agravo se mostra associado a determinados fatores socioeconômicos e reprodutivos da mulher. **Contribuições ou implicações para a Enfermagem: **Tal estudo permite o conhecimento do enfermeiro quanto à violência contra a mulher, e, demonstra a importância de rastrear esse fenômeno nos atendimentos realizados a essa clientela, de modo, a contribuir à identificação e ruptura desse grave problema social e de saúde.
Referências: Organização Mundial da Saúde. Prevenção da violência sexual e da violência pelo parceiro íntimo contra a mulher: ação e produção de evidência. Brasília (DF): OMS/OPAS; 2012; Gregory, A. et al. Primary Care Identification and Referral to Improve Safety of women experiencing domestic violence (IRIS): protocol for a pragmatic cluster randomized controlled trial, BMC Public Health. 2010; 10:54; Leite, FMC, et al. Violência contra a mulher em Vitória, Espírito Santo, Brasil. Rev. Saúde Pública, 2017; 51(33); Doriana, QAR, et al. Violência provocada pelo parceiro íntimo entre usuárias da Atenção Primária à Saúde: prevalência e fatores associados, Saúde debate, 2018. 42(4):67-80. |