3426479 | ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO DA ENFERMAGEM: PREVALÊNCIA, PERPETRADORES E IMPLICAÇÕES PARA OS PROFISSIONAIS. | Autores: Daiane Dal Pai|daiane.dalpai@gmail.com|enfermeiro|doutor|docente|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Letícia de Lima Trindade|letrindade@hotmail.com|enfermeiro|doutor|docente|universidade do Oeste do Estado de Santa Catarina ; Juliana Petri Tavares|jupetritavares@gmail.com|enfermeiro|doutor|docente|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Larissa Martini Junqueira|larissamartinijunqueira@gmail.com|acadêmico de Enfermagem|acadêmico|bolsista de Pesquisa|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Cibele Santos|enf.cibelesantos@gmail.com|enfermeiro|mestranda|estudante de Pós-graduação|universidade Federal do Rio Grande do Sul |
Resumo: Objetivo: analisar as características dos episódios de assédio moral no
trabalho da enfermagem e suas implicações para os profissionais. Método:
estudo quantitativo de delineamento transversal, desenvolvido em dois
hospitais nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A amostra
probabilística constitui-se de 391 do Hospital A (HA) e 198 do Hospital B
(HB). Enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem de diferentes serviços
dos dois hospitais foram definidos por sorteio para responderem ao _Survey
Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector_, sendo excluídos
profissionais com atuação inferior a 12 meses ou que estivessem afastados.
Aplicou-se estatística descritiva e analítica, sendo considerados
significativos valores de p<0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética
em Pesquisa das instituições envolvidas e os participantes assinaram o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A prevalência de assédio
moral no HA foi de 21,2% e no HB de 20,2%. As variáveis associadas ao assédio
moral no HA (p<0,05) foram: sexo, satisfação com o local de trabalho,
reconhecimento pelo trabalho realizado e os relacionamentos interpessoais. Já
no HB as variáveis (p<0,05) foram: escolaridade, turno e satisfação com o
local de trabalho. No HA a chefia foi o principal perpetrador (48,2%) ao passo
que no HB foram os colegas de trabalho (41%), neste caso, principalmente
médicos. A reação mais comum entre vítimas foi relatar a um colega (51,8% e
50%). O principal problema vivenciado pelas vítimas assediadas foi ‘permanecer
constantemente tenso(a), super-alerta, vigilante ou de sobreaviso’ em 49,4%
(hospital HA) e 36,9% (HB). Conclusões: Apesar das características diferentes,
em ambas as realidades houve repercussões negativas, o que indica a
necessidade da criação de medidas para prevenir/tratar a violência no trabalho
para que o profissional e o paciente não sejam prejudicados.
Pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul
(FAPERGS), Edital ARD/PPP 08/2014.
Referências: Pfeifer LE, Vessey JA. An Integrative Review of Bullying and Lateral Violence Among Nurses in Magnet® Organizations. Policy Polit Nurs Pract. 2017 Aug;18(3):113-124. doi: 10.1177/1527154418755802.
Dal Pai D, Sturbelle ICS, Santos C, Tavares JP, Lautert L. Physical and psychological violence in the workplace of healthcare professionals. Texto Contexto Enferm. 2018;27(1):e2420016. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072018002420016. |