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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 3426479


3426479

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO DA ENFERMAGEM: PREVALÊNCIA, PERPETRADORES E IMPLICAÇÕES PARA OS PROFISSIONAIS.

Autores:
Daiane Dal Pai|daiane.dalpai@gmail.com|enfermeiro|doutor|docente|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Letícia de Lima Trindade|letrindade@hotmail.com|enfermeiro|doutor|docente|universidade do Oeste do Estado de Santa Catarina ; Juliana Petri Tavares|jupetritavares@gmail.com|enfermeiro|doutor|docente|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Larissa Martini Junqueira|larissamartinijunqueira@gmail.com|acadêmico de Enfermagem|acadêmico|bolsista de Pesquisa|universidade Federal do Rio Grande do Sul ; Cibele Santos|enf.cibelesantos@gmail.com|enfermeiro|mestranda|estudante de Pós-graduação|universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo:
Objetivo: analisar as características dos episódios de assédio moral no trabalho da enfermagem e suas implicações para os profissionais. Método: estudo quantitativo de delineamento transversal, desenvolvido em dois hospitais nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A amostra probabilística constitui-se de 391 do Hospital A (HA) e 198 do Hospital B (HB). Enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem de diferentes serviços dos dois hospitais foram definidos por sorteio para responderem ao _Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector_, sendo excluídos profissionais com atuação inferior a 12 meses ou que estivessem afastados. Aplicou-se estatística descritiva e analítica, sendo considerados significativos valores de p<0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa das instituições envolvidas e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A prevalência de assédio moral no HA foi de 21,2% e no HB de 20,2%. As variáveis associadas ao assédio moral no HA (p<0,05) foram: sexo, satisfação com o local de trabalho, reconhecimento pelo trabalho realizado e os relacionamentos interpessoais. Já no HB as variáveis (p<0,05) foram: escolaridade, turno e satisfação com o local de trabalho. No HA a chefia foi o principal perpetrador (48,2%) ao passo que no HB foram os colegas de trabalho (41%), neste caso, principalmente médicos. A reação mais comum entre vítimas foi relatar a um colega (51,8% e 50%). O principal problema vivenciado pelas vítimas assediadas foi ‘permanecer constantemente tenso(a), super-alerta, vigilante ou de sobreaviso’ em 49,4% (hospital HA) e 36,9% (HB). Conclusões: Apesar das características diferentes, em ambas as realidades houve repercussões negativas, o que indica a necessidade da criação de medidas para prevenir/tratar a violência no trabalho para que o profissional e o paciente não sejam prejudicados. Pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS), Edital ARD/PPP 08/2014.


Referências:
Pfeifer LE, Vessey JA. An Integrative Review of Bullying and Lateral Violence Among Nurses in Magnet® Organizations. Policy Polit Nurs Pract. 2017 Aug;18(3):113-124. doi: 10.1177/1527154418755802. Dal Pai D, Sturbelle ICS, Santos C, Tavares JP, Lautert L. Physical and psychological violence in the workplace of healthcare professionals. Texto Contexto Enferm. 2018;27(1):e2420016. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072018002420016.