20º SENPE

20º SENPE • ISSN: 2237-3454

Resumo: 3373903

3373903

VALIDAÇÃO CLÍNICA DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CIRÚRGICA RETARDADA EM CIRURGIA CARDÍACA: COORTE PROGNÓSTICA

Autores:

Resumo:

**Objetivo:**analisar a capacidade preditiva e prognóstica das características definidoras do diagnóstico de recuperação cirúrgica retardada durante todo o período de internação dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. **Método:**Trata-se de um estudo de validação clínica do tipo prognóstica, baseado no método clínico-epidemiológico de coorte prospectiva. Acompanhou-se 181 pacientes internados para serem submetidos a cirurgia cardíaca eletiva, no pré-operatório imediato e após a cirurgia diariamente, durante toda a internação hospitalar. O padrão-ouro estatístico do Modelo de análise de classe latente foi utilizado para inferência diagnóstica. **Resultados:**O diagnóstico de recuperação cirúrgica retardada esteve presente em 23,2% da amostra estudada. A ocorrência de novos casos foi observada no 10º dia de pós-operatório e a taxa de sobrevida foi de 29 dias, haja vista que após esse período nenhum paciente manifestou o diagnóstico. Pelo Modelo de Cox, as principais características definidoras que representam pior prognóstico, foram: evidências na interrupção da cicatrização cirúrgica, perda de apetite, precisa de ajuda para o autocuidado e arritmia benigna. **Conclusão:**A detecção precoce dos sinais clínicos para recuperação cirúrgica retardada, auxilia na acurácia clínica do enfermeiro, possibilitando intervenções de enfermagem direcionadas para a resolução dos problemas identificados. **Contribuições ou implicações para prática: **As evidências científicas do estudo comprovam que os enfermeiros perioperatórios contribuem de forma indispensável no cuidado dos pacientes durante o período de recuperação pós cirurgia cardíaca.

Referências:

1. Knihs NS, Valmorbida ÁP, Lanzoni GMM, Roza BA, Ghellere A. Path taken to heart surgery: Needs and expectations in preoperative preparation. Avan en Enferm. 2017; 35(1): 30–4. 2. Montrief T, Koyfman A, Long B. Coronary artery bypass graft surgery complications: A review for emergency clinicians. Am J Emerg Med. 2018; 36(12): 2289–2297. 3. Soares GMT, Ferreira DCDS, Gonçalves MPC, Alves TGDS, David FL, Henriques KMDC et al. Prevalence of Major Postoperative Complications in Cardiac Surgery. Rev Bras Card. 2011; 24(3): 139–146. 4. Ribeiro KRA. Postoperative complications of coronary artery bypass grafting: implications for the nursing practice. Rev Enferm UFPI. 2017; 6(3): 59–64. 5. Quintana JF, Kalil RAK. Heart surgery: feeling of patient before and after surgery. Rev Psic Hosp. 2012; 10(2): 17–32. 6. Herdman TH, Kamitsuru S. Nursing diagnoses: Definitions and classification. Oxford: Wiley-Blackwell. 2018-2020. 7. Fletcher RH, Fletcher SW, Fletcher GS. Epidemiologia clínica. Elementos essenciais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed; 2014. 8. Lopes MVO, Silva VM. In Nanda Internacional Inc., Herdman TH, Napoleão AA, Takao C, Martins VM, editores. Methods for establishing the accuracy of clinical indicators in pre- dicting nursing diagnoses. Update program in nursing diagnoses (PRONANDA-I). Porto Alegre: Artmed Panamericana. 2016; 87–132. 9. Lopes MVO, Silva VM, Araujo TL. Validation of nursing diagnosis: Challenges and alternatives. Braz J Nurs. 2013; 66(5): 649–655. 10. Napoleão AA, Caldato VG, Filho PJF. Nursing diagnosis in planning the hospital discharge of prostatectomized patients: a preliminary study. Rev Eletron Enferm. 2009; 11(2): 286-94. 11. Santana RF, Lopes MVO. Medidas de acurácia clínica do diagnóstico de enfermagem na recuperação cirúrgica retardada. Resumo. Evento: III Encontro Internacional de Pesquisa em Enfermagem. Avanços no cuidado, gestão e política de 29 a 31 de outubro, Centro de Convenções Rebouças, 2012 [citado em 2018 Ago 23]. Disponível em: http://www.ee.usp.br/encontro/anais/resumos/R0313-1.html 12. Delphino TM. Telephone follow-up effect in the surgical recovery of elderly undergoing cataract extraction: randomized clinical trial [Dissertação]. Rio de Janeiro: Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa; 2016. 13. Santana RF, Rocha ICM, Cardozo AS, Cassiano KM, Pereira SK,Vaqueiro RD. Monitoring for elderly subject phone to thigh and hip for surgery: Pilot study. Rev Kairos. 2017; 20(3): 389–405. 14. Flores PVP, Silva DM, Pereira SK, Cavalcanti ACD, Pereira JDMV, Santana RF. Nursing Diagnosis on Delayed Surgical Recovery in Elderly People: Multiple Case Study. Rev Enferm Cent Oeste Min. 2018; 8, e2519. 15. Mendonça KMB, Andrade TM. Patient´s perception about coronary artery bypass grafting. Braz J Cardiovasc Surg. 2015; 30(5): 544–551. 16. Smith CD, Custard K. The experience of family members of ICU patients who require extensive monitoring: A qualitative study. Critical Care Nursing Clinics of North America. 2014; 26(3): 377–388. 17. Haddad MCL, Alcantra C, Praes CS. Sentimentos e Percepções do paciente no pós-operatório de cirurgia cardíaca, vivenciados em unidade de terapia intensiva. Rev Cien Cuidado Saude. 2005; 4 (1): p.65-73. 18. Santana RF, et al. Effectiveness of a telephone follow-up nursing intervention in postsurgical patients. Int J Nurs Pract. 2018; p.24-e126. 19. Cowper PA, DeLong ER, Hannan EL, Muhlbaier LH, Lytle BL, Jones RH, et al. Is early too early? Effect of shorter stays after bypass surgery. Ann Cardiothorac Surg. 2007; 83(1): 100–107. 20. Braz NDJ, Evangelista SDS, Evangelista SS, Garbaccio JL, Oliveira ACD. Surgical Site Infection in Patients Submitted to Cardiac Surgeries: An Epidemiological Profile Analysis. Rev Enferm Cent Oeste Min. 2018; p.8-e1793. 21. Souza OF, Scanavacca MI. Cardiac arrhythmias: Diagnosis and treatment. Rio de Janeiro: Rubio; 2016. 22. Ferro CRC, et al. Fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Arq Bras Cardiol. 2009; 93 (1): 59-63. 23. Reynolds D, Duray GZ, Omar R., Soejima K, Neuzil P, Zhang, et al. A leadless intracardiac transcatheter pacing system. New Engl J Med. 2016; 374(6): 533–541. 24. Silva GS, Sousa AG,Soares D, Colósimo FC, Piotto RF. Evaluation of the length of hospital stay in cases of coronary artery bypass graft by payer. Rev Assoc Med Bras. 2013; 59(3): 248–253. 25. Gaughan J, Kobel C, Linhart C, Mason A, Street A, Ward P. Why do patients having coronary artery bypass grafts have different costs or length of stay? An analysis across 10 European countries. J Health Med Econ. 2012; 21 Suppl 2: 77–88. 26. Cordeiro ALL, Brito AÁOR., Carvalho I, Oliveira J, Guimarães AR, Araújo TM, et al. Surgical Risk and Functionality in Patients Undergoing Heart Surgery. International Journal of Cardiovascular Sciences. 2016; 29(5): 385–389. 27. Sá MPBO, et al. EuroSCORE e mortalidade em cirurgia de revascularização miocárdica no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco. Braz J Cardiovasc Surg. 2010; 25 (4): 474-482. 28. Koerich C, Baggio MA, Erdmann AL, Lanzoni GM.DM, Higashi G DC. Myocardial revascularization: strategies for coping with the disease and the surgical process. Acta Paul Enferm. 2013; 26(1): 8–13. 29. Gois CFL. Qualidade de vida relacionada à saúde, depressão e senso de coerência de pacientes, antes e seis meses após revascularização do miocárdio. [Doutorado]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2009. 30. Magalhães LP, Figueiredo MJO, Cintra FD, Saad EB, Kuniyoshi RR, Teixeira RA, et al. II Brazilian Guidelines for Atrial Fibrillation. Arq Bras Cardiol. 106(4) Suppl. 2: 1–22; 2009.