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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 3283692


3283692

PRÁTICA EDUCATIVA COM PESSOAS QUE VIVEM COM ANEMIA FALCIFORME: UMA REFLEXÃO DIALÓGICA

Autores:
Rafael Gravina Fortini|rafagravina@gmail.com|enfermeiro|doutorando|docente|universidade Federal Fluminense ; Vera Maria Sabóia|verasaboia@uol.com.br|enfermeira|doutora|docente|universidade Federal Fluminense ; Denildo de Freitas Gomes|enffreitas@hotmail.com|enfermeiro|mestre|docente|universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo:
Este estudo tem como objetivo compreender a prática educativa em saúde desenvolvida na consulta de enfermagem (CE) com pessoas que vivem com AF e frequentam o ambulatório de um hospital especializado em tratamento de doenças do sangue. Método: estudo de natureza qualitativa, com abordagem participativa, do tipo estudo de caso. Os participantes foram 07 enfermeiros que atendem no ambulatório de DF e 14 pessoas que vivem com AF e que frequentam esse ambulatório. O cenário foi o ambulatório de DF do Hemorio/RJ. Pesquisa aprovada pelo CEP do HUAP/UFF e do HEMORIO. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, rodas de conversa e observação participante. A análise dos dados ocorreu por meio da Análise de Conteúdo de Bardin, do tipo Temática. As Unidades de Registros favoreceram a criação de duas categorias temáticas: P_essoas que vivem com Anemia Falciforme: uma perspectiva de autonomia por meio do diálogo; Vivências de Pessoas com Anemia Falciforme num ambulatório especializado_. Na 1ª categoria, os enfermeiros relataram a importância do trabalho em equipe multidisciplinar para atingir um resultado de qualidade com essa população, apesar de esbarrarem em algumas dificuldades, como a falta de recursos na instituição. Na 2ª categoria, a maioria dos depoentes demonstrou a necessidade de continuar o tratamento no ambulatório de DF para manter sua qualidade de vida e diminuir as intercorrências relacionadas à doença. Os resultados demonstraram o forte caráter educativo das CE com pacientes no ambulatório que contribuiu para melhoria da qualidade de vida destas pessoas. Conclui-se que a prática educativa em saúde desenvolvidas nas CE repercute diretamente na forma dos pacientes verem e entenderem a AF, reconhecendo limitações e dificuldades no tratamento, contribuindo para o autocuidado e prevenção de complicações. Implicações: o enfermeiro necessita conhecer as vivências dessa população para contribuir com a organização do cuidado de enfermagem.


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