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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 3268762


3268762

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E DISTRIBUIÇÃO DA HANSENÍASE EM UMA CAPITAL DO CENTRO-OESTE BRASILEIRO

Autores:
Elen Ferraz Teston|elen-1208@hotmail.com|enfermeira|doutora|docente|universidade Federal de Mato Grosso do Sul ; Karina Sayuri Sugano Chiu|karinasayuri26@gmail.com|enfermagem|acadêmica|estudante|universidade Federal de Mato Grosso do Sul ; Josiel Elisandro Werle|werle_josiel@hotmail.com|enfermeiro|mestrando|estudante|universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Resumo:
Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos casos de hanseníase. Método: Estudo descritivo com dados provenientes das notificação de hanseníase de Campo Grande/MS, de janeiro/2010 a dezembro/ 2017. Os dados foram disponibilizados pela coordenação da Secretaria de Vigilância epidemiológica do Estado, após autorização do Comitê de Ética e analisados de modo descritivo. Para análise da distribuição espacial da doença, utilizou-se a densidade de Kernel.  Resultados: Dentre os 1.068 casos de hanseníase notificados, 56,7% eram do sexo masculino, 48,5% com menos de oito anos de escolaridade, 42,6% cor parda. As notificações em menores de 15 anos, utilizada para avaliar a transmissão ativa e situação controle da doença correspondeu a 2,1% dos casos. Prevaleceram os casos multibacilares (76,1%), forma dimorfa (34,4%), sem comprometimento neurológico (56,0%) e com Grau de Incapacidade Física 0 (50,8%). A principal forma de entrada no serviço de saúde foi caso novo. Uma maior concentração de notificações foi observada, na região sul da capital, o que pode estar associado às características socioeconômicas, bem como a extensão territorial e densidade populacional. Conclusão: A prevalência da doença na população adulta, masculina, de baixa escolaridade, em áreas com baixas condições socioeconômicas e grande densidade populacional e diagnóstico tardio, apontam características necessárias a serem priorizadas para o investimento em ações de prevenção e fortalecimento das Políticas Públicas para controle do agravo. Contribuições/implicações para a enfermagem: conhecer o perfil epidemiológico e a distribuição dos casos possibilita ao enfermeiro o planejamento de ações direcionadas que atendam as especificidades. Salienta-se que os enfermeiros atuam diretamente nas estratégias de controle da hanseníase, em especial na Atenção Primária, por meio da identificação no diagnóstico precoce, busca ativa de casos novos, prevenção de deformidades e incapacidades e na avaliação de comunicantes.


Referências:
MATOS, E. V. M. et al. Conjuntura epidemiológica da hanseníase em menores de quinze anos, no período de 2003 a 2013, Belém – PA. Hansenologia Internationalis: hanseníase e outras doenças infecciosas, v. 40, n. 2, 2015, p 17-23. OMS. Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020: aceleração rumo a um mundo sem hanseníase. Organização Mundial da Saúde. 2016.