3203898 | O DIA A DIA COM INCONTINÊNCIA URINARIA APÓS PROSTATECTOMIA RADICAL | Autores: Rafael Carlos Macedo de Souza|rafaelcarlos_souza@hotmail.com|enfermeiro|mestre Em Enfermagem|professor Substituto|universidade Federal do Rio de Janeiro ; Anna Maria Oliveira Salimena|annasalimena@terra.com.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|universidade Federal de Juiz de Fora ; Thais Vasconselos Amorim|thaisamorim80@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|universidade Federal de Juiz de Fora ; Andyara do Carmo Pinto Coelho Paiva|luandyjf@yahoo.com.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|universidade Federal de Juiz de Fora ; Marcela Oliveira Souza|marcela-oliveirasouza@hotmail.com|enfermeira|mestra Em Enfermagem|mestra Em Enfermagem|universidade Federal de Juiz de Fora |
Resumo: **Objetivo:** Desvelar o dia a dia do homem após prostatectomia radical ao conviver com a incontinência urinaria. **Método: **Trata-se de um relato de caso realizado com um homem submetido a prostatectomia radical no Hospital Universitário de um município da Zona da Mata Mineira em junho de 2014. Depoimento colhido por meio de entrevista aberta realizada em janeiro de 2017, norteada pela questão: Como está o seu dia a dia após a cirurgia. Foram seguidos os preceitos éticos sendo a pesquisa aprovada sob o parecer 1.049.543. **Resultados:**O depoente possui 65 anos, casado, aposentado e com ensino fundamental incompleto. Relatou que a incontinência urinaria atrapalhou não apenas no seu aspecto físico, mas também no psicológico e social, afetando diretamente sua qualidade de vida. Essa situação repercutiu no seu cotidiano com ansiedade, isolamento, depressão, nervosismo e sentimentos como impotência e angustia, pois sempre tem medo de estar cheirando a urina e outras pessoas perceberem. Com o escape involuntário da urina, foi necessário aprender a conviver com esses sentimentos e as mudanças na rotina e relata que no primeiro momento foi difícil se acostumar, mas depois aprendeu a coexistir e a criar estratégias para conviver com a incontinência. Da análise compreensiva foi possível evidenciar a dificuldade do homem no pós-operatório para enfrentar as intercorrências no seu cotidiano e elaborar estratégias para superá-las. Adotou estratégias e mudança em hábitos diários para viver com a incontinência urinaria, como mudanças comportamentais, indo ao banco rapidamente, fazendo compras menores e adotando um controle de ingesta hídrica. Referiu também manobras de contenção da urina, indo ao banheiro sempre que possível e utilizando fraldas1,2,3. **Conclusão: **desvelou-se que é necessário estar aberto para cuidar de maneira autêntica. Sendo assim, é de extrema importância a aplicabilidade de ações efetivas que alcancem as necessidades do homem especialmente no processo cirúrgico, pois compete a toda a equipe de enfermagem uma assistência de qualidade pautada em atendimento integral, humanizado e que atenda as necessidades singulares de seus pacientes. Pois, o dia a dia com a incontinência urinária permeia inúmeros sentimentos e esses modificam a qualidade de vida do homem, causam incômodo e influenciam na sua rotina diária. **Implicações para a Enfermagem: **Compreender o dia a dia do homem prostatectomizado com incontinência urinaria permite ao enfermeiro avaliar, orientar e planejar da melhor maneira sua assistência, minimizando assim os infortúnios causados pela perda da urina.
Referências: 1 Souza RCM, Salimena AMO, Paschoalhin HC, Souza IEO. Homem após cirurgia mutiladora no sistema geniturinário: contribuições a partir de Heidegger e Orem. Revista de Enfermagem da UFSM [Internet]. 2018 [acesso em 2019 maio 15]; 8(2): 236-246. DOI: http://dx.doi.org/10.5902/2179769230186.
2 Araujo JS, Zago MMF. Sobre homens, câncer de próstata e saúde: um ensaio a luz da antropologia das masculinidades. Revista Gênero [Internet]. 2018 [acesso em 2019 maio 15]; 18(2): 066-079. DOI: https://doi.org/10.22409/rg.v18i2.1212.
3 Matos MAB, Barbosa BLA, Costa MC, et al. As Repercussões Causadas pela Incontinência Urinária na Qualidade de Vida do Idoso. Rev Fund Care Online [Internet]. 2019 [acesso em 2019 maio 15]; 11(3):567-575. DOI: http://dx.doi.org/10.9789/2175- 5361.2019.v11i3.567-575. |