3046148 | RELAÇÃO ENTRE A QUANTIDADE DE FÍSTULAS ARTERIOVENOSAS DE PACIENTES RENAIS E A VERIFICAÇÃO DA SUA FUNCIONALIDADE | Autores: Natália Ramos Costa Pessoa|nataliarcpessoa@gmail.com|enfermeira|mestre|doutoranda|universidade Federal de Pernambuco ; Gutembergue Aragão dos Santos|gutembergue.aragao@outlook.com|enfermeiro|bacharel|mestrando|universidade Federal de Pernambuco ; Marta Nunes Lira|martanuneslira@yahoo.com.br|enfermeira|mestre|professora|universidade Federal de Pernambuco ; Cecília Maria Farias de Queiroz Frazão|ceciliamfqueiroz@gmail.com|enfermeira|doutora|professora|universidade Federal de Pernambuco ; Vânia Pinheiro Ramos|vpinheiroramos@uol.com.br|enfermeira|doutora|professora|universidade Federal de Pernambuco |
Resumo: INTRODUÇÃO: Apesar de ser o acesso vascular mais adequado para hemodiálise1, a
fístula arteriovenosa pode apresentar complicações como a perda da
funcionalidade. Para identificá-la, o paciente deve observar o funcionamento
da fístula através da verificação do frêmito2. Desta maneira, é necessário que
o paciente obtenha conhecimento através de ações educativas realizadas pelo
enfermeiro visando a aquisição de comportamentos de autocuidado adequados3.
OBJETIVO: verificar a relação entre a quantidade de fístulas arteriovenosas de
pacientes renais e o conhecimento sobre a verificação do frêmito. MÉTODO:
estudo descritivo com corte transversal e abordagem quantitativa. Participaram
98 pacientes em hemodiálise de dois serviços da cidade do Recife- Pernambuco.
Os dados foram coletados entre março e maio de 2017 através de questionário
estruturado. Os critérios de inclusão foram: pacientes maiores de 18 anos em
hemodiálise com FAV por mais de 3 meses. Os pacientes com nível de
desorientação que inviabilizasse a aplicação do questionário foram excluídos.
Os dados foram analisados no _software_ SPSS, versão 20.00 gerando
estatísticas descritivas e inferenciais. O estudo foi aprovado pelo Comitê de
ética em Pesquisa (CAAE: 61705516.0.0000.5208). RESULTADOS: observou-se que
71,4% dos pacientes apresentaram conhecimento adequado acerca da verificação
do frêmito na FAV. Em relação à quantidade de fístulas, identificou-se a
mediana de 1 fístula, variando entre 1 e 7. Não foi identificada associação
significante entre a quantidade de fístulas do paciente e o conhecimento sobre
a verificação do frêmito no acesso (p=0,257). CONCLUSÃO: a quantidade de
fístulas do paciente não interfere no seu conhecimento acerca da verificação
da funcionalidade do acesso vascular. IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: a
identificação dos fatores que influenciam o conhecimento do paciente acerca
dos comportamentos de autocuidado com a fístula pode subsidiar o planejamento
do ensino direcionado a esse paciente.
Referências: 1 Ravani P, Palmer SC, Oliver MJ, Quinn RR, MacRae JM, Tai DJ, et al. Associations between Hemodialysis Access Type and Clinical Outcomes: A Systematic Review. J. Am. Soc. Nephrol. [Internet]. 2013;24(3):465–473. Disponível em: . Acesso em: 30 Jul. 2018.
2 Sousa CN, Apóstolo JLA, Figueiredo MHJS, Dias VFF, Teles P, Martins MM. Construction and validation of a scale of assessment of self-care behaviors with arteriovenous fistula in hemodialysis. Hemodial Int [Internet]. 2015;19(2):306–13. Available from: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/hdi.12249/abstract
3 Sousa, C.N., et al. Self‐Care on Hemodialysis: Behaviors With the
Arteriovenous Fistula. Therapeutic Apheresis and Dialysis. 2017; 21 (2): 195-9.
Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/1744-987.12522.
Acesso em: 11 Jan.2019. |