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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 3039604


3039604

A INFLUÊNCIA DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS EM MULHERES DURANTE O PERÍODO GRAVÍDICO

Autores:
Gabrielle Cardoso do Nascimento|gabriellecnasc@gmail.com|graduanda de Enfermagem|graduanda de Enfermagem|bolsista de Extensão do Projeto Abebê – Cuidando E Promovendo A Saúde das Mulheres de Axé|universidade do Estado do Rio de Janeiro (uerj) ; Ricardo José Oliveira Mouta|ricardomouta@hotmail.com|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor Adjunto do Departamento de Enfermagem Materno –infantil|universidade do Estado do Rio de Janeiro (uerj) ; Elizabeth Sabino dos Anjos Borges|elizabethsabinoborges@gmail.com|enfermeira|residente de Enfermagem Obstétrica|residente de Enfermagem Obstétrica|universidade do Estado do Rio de Janeiro (uerj)

Resumo:
**A INFLUÊNCIA DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS EM MULHERES DURANTE O PERÍODO GRAVÍDICO** **Objetivos: **Conhecer as influências das religiões afro-brasileiras e os itinerários terapêuticos vivenciados pelas mulheres adeptas das religiões afro-brasileiras durante o seu período gravídico e identificar a intolerância religiosa sofrida por essas mulheres durante esse período. **Metodologia: **Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva realizada com 20 mulheres adeptas de religiões afro-brasileiras que vivenciaram o período gravídico, selecionadas através da técnica bola de neve ou _“snowball”_, através de questionário com perguntas abertas e fechadas a fim de traçar o perfil dessas participantes, através de um roteiro de entrevista semiestruturado cujas respostas foram categorizadas. **Resultados: **A religião afro-brasileira serviu de rede de apoio às mulheres quanto à aceitação de gestações inesperadas e perdas perinatal.  A religião influencia positivamente, visto que nem sempre os profissionais de saúde estão preparados para lidar, seja por falta de trato com assunto ou por tempo para dispensar atenção.  Quanto à intolerância religiosa, no âmbito institucional e no familiar, há necessidade de trabalhar a falta de informação sobre as culturas das religiões afro-brasileiras e corrigir os preconceitos ideológicos existentes, visto que há diversas formas de pensar o  processo-saúde-doença-cuidado. **Conclusão: **Os terreiros de umbanda/candomblé são um espaço no qual, além do fim religioso, as mulheres no período gravídico encontram acolhimento e apoio para as aflições apresentadas pelas mesmas. Esse cuidado é praticado de forma duradoura e eficaz diferente do apoio recebido no “sistema físico de saúde”, com estabelecimento de laços de solidariedade entre os envolvidos no cuidado. **Contribuições para a enfermagem: **Reflexão sobre a influência da religião no período gravídico de suas adeptas, visando melhor resultado na assistência e possibilitando o enriquecimento de publicações na área de enfermagem obstétrica dada a escassez de registros a respeito da influência das religiões afro-brasileiras no período gestacional.


Referências:
Andrade JT, Mello ML, Holanda VMS. Saúde e cultura: diversidades terapêuticas e religiosas. 1. Ed. Fortaleza: EdUECE; 2015. Gomberg E. Hospital de Orixás: encontros terapêuticos em um terreiro de candomblé. Salvador: EDUFBA; 2011. Ministério da Saúde (Br). Política nacional de atenção integral à saúde da mulher princípios e diretrizes. Série C. Projetos, Programas e Relatórios. Brasília (DF); 2004.