3009048 | TRABALHO MULTIPROFISSIONAL E INTERLOCUÇÕES DE UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL II E UM INSTITUTO PSIQUIÁTRICO | Autores: Jessica do Nascimento Rezende|jessiiica_rezende@hotmail.com|enfermeira|enfermeira Especialista Em Saúde Mental|enfermeira|ipub Ufrj ; Leiliana Maria Rodrigues dos Santos||enfermeira|mestre|enfermeira|ipub Ufrj ; Rosa Gomes dos Santos Ferreira||enfermeira|doutoranda|enfermeira|ipub Ufrj ; Maria Angélica de Almeida Peres||enfermeira|doutora|professora Associada Eean-ufrj|eean-ufrj |
Resumo: **Introdução: **Com a regulamentação da [**Lei nº 8.080**](http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.080-1990?OpenDocument)**/90,** entende-se que a integralidade do cuidado é um dos princípios assistenciais em saúde. Com isto, passa-se a exigir discussões com profissionais de diferentes categorias, para que proponham e avaliem condutas que valorizem o conhecimento multiprofissional, na perspectiva de um cuidado ampliado. A saúde mental vem se reestruturando ao longo dos anos, sustentando-se na necessidade do desenvolvimento do processo de multi e interdisciplinar. **Objetivo: **Analisar através do relato de experiência, como se apresenta a equipe multidisciplinar de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e de um Instituto de Psiquiatria. **Metodologia: **Estudo de abordagem qualitativa, descritivo, exploratório, baseado em um relato de experiência. **Resultados: **A Rede de Atenção Psicossocial do Rio de Janeiro é constituída por diversos dispositivos, dentre eles, os CAPS e os institutos que ainda contém recurso de internação. Os serviços são compostos por equipes multidisciplinares, entretanto, a organização do trabalho se apresenta de formas distintas. O hospital psiquiátrico que por muito tempo teve seu cuidado pautado no modelo médico hegemônico, possui poucos espaços institucionais para discussão de seu processo de trabalho, fato que contribui para trocas insuficientes e enrijecimento das atividades profissionais. Já os CAPS foram constituídos sob o alicerce das participações multidisciplinares e exercem suas funções de forma horizontal, junto aos usuários. **Conclusões: **É necessário um investimento dos serviços de saúde mental, no sentido da oferta de espaços onde seja possível se discutir as relações de trabalho, pois só a partir de supervisões, onde a participação dos profissionais e usuários seja efetiva, torna-se possível a construção de uma equipe multiprofissional que trabalhe sob configuração interdisciplinar.
Referências: MERHY, E. E.; FRANCO, J. B. Trabalho em Saúde. In: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, organizadora. Dicionário da Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro: EPSJV; 2006.
PEDUZZI, M. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Rev Saúde Publica. V. 35, n. 1, p. 103-9. 2001.
ABUHAB, D. et al. O trabalho em equipe multiprofissional no CAPS III: um desafio. Rev Gaúcha Enferm, Porto Alegre. v. 26, n. 3, p. 369-80, 2005.
AMARANTE, P. Novos Sujeitos, Novos Direitos: O Debate em Torno da Reforma Psiquiátrica. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, p. 491-494, Jul/Set, 1995.
AMARANTE, P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1995. |