3005907 | SIMULAÇÃO POR PACIENTE PADRONIZADO NO ENSINO DE SEMIOLOGIA | Autores: Juliana Cristina Magnani Primão|ju.primao@gmail.com|enfermeira|mestre|professora do Magistério Superior. Doutoranda Em Ciências Pelo Programa de Pós-graduação Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo|un ; Kamilla Maestá Agostinho|ju.primao@gmail.com|enfermeira|mestre|professora do Magistério Superior. Doutoranda Em Ciências Pelo Programa de Pós-graduação Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo|universid ; Camila Branca Venazzi|ju.primao@gmail.com|enfermeira|especialista|professora do Magistério Superior. Doutoranda Em Ciências Pelo Programa de Pós-graduação Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo|univer |
Resumo: Este texto objetiva relatar a experiência enquanto docentes na utilização de
simulação para o ensino de semiologia do abdome no curso de Enfermagem de uma
universidade pública. Visando aproximar no ambiente acadêmico a prática
clínica do enfermeiro na realização do exame físico, utilizou-se a simulação
por paciente padronizado1 com um membro da comunidade que concordou por meio
de contrato em assumir o papel do paciente com dados próprios, em laboratório
de simulação. Nas últimas décadas, muito tem se discutido acerca das mudanças
metodológicas do ensino em saúde. A metodologia tradicional tem sido
amplamente substituída pela metodologia ativa (MA) de ensino-aprendizagem. De
acordo com Coll2, metodologia ativa de ensino pode ser entendida como uma
estratégia centrada no aluno, deslocando seu papel anterior de receptor
passivo, assumindo a posição principal na responsabilidade do seu aprendizado.
Dentre as estratégias de ensino utilizando MA, inclui-se a simulação3,
caracterizada pela discussão de casos a partir da simulação de situações de
atendimento, estimulando o aluno a desenvolver habilidades e atitudes
relacionadas àquele problema vivenciado. Baptista, Pereira, Martins4 afirmam
que a satisfação dos estudantes frente ao uso de simulação de alta fidelidade
é elevada, uma vez que a aprendizagem torna-se mais desafiadora e estimulante.
De fato, foi possível verificar durante as aulas práticas em campo hospitalar
e por meio de relatos dos alunos, um aproveitamento superior do conteúdo
abordado por esta simulação em comparação com os demais segmentos corpóreos
abordados na disciplina, por meio de simulação _role play_1. Em Enfermagem, o
cuidar se constitui em uma ação de cunho científico voltada a tratar o
indivíduo como ser humano de forma holística, e desta forma, o uso da
simulação pode ser um diferencial no processo ensino-aprendizagem, já que
possibilita a vivência mais realística das situações e o desenvolvimento da
empatia5.
Referências: 1. Negri EC, Mazzo A, Martins JCA, Pereira Junior GA, Almeida RGS, Pedersoli CE. Simulação clínica com dramatização: ganhos percebidos por estudantes e profissionais de saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2017;25:e2916.
2. Coll C. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica a elaboração do currículo escolar. São Paulo: Ática; 2000.
3. Fabri RP, Mazzo A, Martins JCA, Fonseca AS, Pedersoli CE, Miranda FBG, et al. Development of a theoretical-practical script for clinical simulation. Rev Esc Enferm USP. 2017;51:e03218.
4. Baptista RCN, Pereira MFCR, Martins JCA. Simulação no ensino de graduação em Enfermagem: evidências científicas. In: Martins JCA, Mazzo A, Mendes IAC, Rodrigues MA, organizadores. A simulação no ensino de enfermagem, Ribeirão Preto: SOBRACEN; 2014. p. 65-82.
5. Ventura CAA. Enquadramento e justificação ética. In: Martins JCA, Mazzo A, Mendes IAC, Rodrigues MA, organizadores. A simulação no ensino de enfermagem, Ribeirão Preto: SOBRACEN; 2014. p. 29-38. |