Imprimir Resumo


20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 2968840


2968840

O SOFRIMENTO DE PACIENTES EM QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA: ESTUDO MISTO

Autores:
Angelo Braga Mendonca|angeloprimax@gmail.com|enfermeiro|mestrando|enfermeiro|universidade Federal Fluminense ; Eliane Ramos Pereira|elianeramos.uff@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor Titular|universidade Federal Fluminense ; Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva|roserosa.uff@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor Titular|universidade Federal Fluminense ; Isadora Pinto Flores|isadoraflores@outlook.com|psicóloga|mestre|psicóloga|universidade Federal Fluminense ; Marcela Honório dos Santos Freitas|marceladesousahs@gmail.com|enfermeiro|mestrando|enfermeiro|universidade Federal Fluminense

Resumo:
Objetivo: Desvelar o significado do sofrimento vivenciado pelo paciente em tratamento quimioterápico; verificar se as variáveis sociodemográficas idade, gênero e escolaridade influenciam as médias de sofrimento. Método: Trata-se de um estudo misto segundo a estrutura paralela convergente descrita por Creswell. O presente estudo se baseou em uma amostra de 100 pacientes com câncer em quimioterapia. Foram incluídos pacientes com indicação de tratamento quimioterápico, boa orientação temporoespacial, ausência de patologia psiquiátrica diagnosticada e boa capacidade cognitiva. Foram excluídos indivíduos com _Performance Status _maior que 3. Para compreensão da percepção de sofrimento, foi utilizado o referencial fenomenológico de Merleau-Ponty, cujos dados foram analisados segundo o método de Amedeo Giorgi. Para análise do sofrimento, foi aplicado o inventário IESSD proposto por Gameiro. Resultados: Da análise qualitativa emergiram 5 categorias temáticas: a escuta do indizível; a certeza de um futuro incerto; redimensionando o sofrimento de “ex-sistir" com o câncer; a pergunta por que eu; e minha família, minha força. As variáveis idade, gênero e escolaridade não interferiram nas médias de sofrimento. Conclusão: Foi evidenciado que atitudes de negação e mobilização defensiva, além de grandes investidas para extirpar o sofrimento ou encontrar sua causa; minam a esperança, aniquilam a coragem e aumentam o sofrimento de suportar uma doença, cujo declínio das funções orgânicas, é por vezes inevitável. Em meio à crise, muitos pacientes se tornam mais próximos de Deus, da família, e conseguem controlar o sofrimento, adquirindo forças para suportar a jornada que se veem obrigados a trilhar. Implicações para a enfermagem: Essas descobertas ajudam, sobretudo, no desenvolvimento de novas estratégias e métodos de ensino para reduzir o sofrimento de pacientes em quimioterapia na consulta de enfermagem.


Referências:
1. Walsh D, Donnelly S, Rybicki L. The symptoms of advanced cancer: relationship to age, gender, and performance status in 1,000 patients. Support Care Cancer [Internet]. 2000;8(3):175–9. Available from: http://link.springer.com/article/10.1007/s005200050281 2. Yamagishi A, Morita T, Miyashita M, Kimura F. Symptom Prevalence and Longitudinal Follow-Up in Cancer Outpatients Receiving Chemotherapy. J Pain Symptom Manage [Internet]. 2009;37(5):823–30. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2008.04.015 3. Vodermaier A, Linden W, MacKenzie R, Greig D, Marshall C. Disease stage predicts post-diagnosis anxiety and depression only in some types of cancer. Br J Cancer [Internet]. 2011;105(12):1814–7. Available from: http://dx.doi.org/10.1038/bjc.2011.503 4. Kornblith AB, Powell M, Regan MM, Bennett S, Krasner C, Moy B, et al. Long-term psychosocial adjustment of older vs younger survivors of breast and endometrial cancer. Psychooncology. 2007;16(10):895-903. 5. Linden W, Vodermaier A, MacKenzie R, Greig D. Anxiety and depression after cancer diagnosis: Prevalence rates by cancer type, gender, and age. J Affect Disord [Internet]. 2012;141(2–3):343–51. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.jad.2012.03.025