2968840 | O SOFRIMENTO DE PACIENTES EM QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA: ESTUDO MISTO | Autores: Angelo Braga Mendonca|angeloprimax@gmail.com|enfermeiro|mestrando|enfermeiro|universidade Federal Fluminense ; Eliane Ramos Pereira|elianeramos.uff@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor Titular|universidade Federal Fluminense ; Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva|roserosa.uff@gmail.com|enfermeiro|doutor|professor Titular|universidade Federal Fluminense ; Isadora Pinto Flores|isadoraflores@outlook.com|psicóloga|mestre|psicóloga|universidade Federal Fluminense ; Marcela Honório dos Santos Freitas|marceladesousahs@gmail.com|enfermeiro|mestrando|enfermeiro|universidade Federal Fluminense |
Resumo: Objetivo: Desvelar o significado do sofrimento vivenciado pelo paciente em
tratamento quimioterápico; verificar se as variáveis sociodemográficas idade,
gênero e escolaridade influenciam as médias de sofrimento. Método: Trata-se de
um estudo misto segundo a estrutura paralela convergente descrita por
Creswell. O presente estudo se baseou em uma amostra de 100 pacientes com
câncer em quimioterapia. Foram incluídos pacientes com indicação de tratamento
quimioterápico, boa orientação temporoespacial, ausência de patologia
psiquiátrica diagnosticada e boa capacidade cognitiva. Foram excluídos
indivíduos com _Performance Status _maior que 3. Para compreensão da percepção
de sofrimento, foi utilizado o referencial fenomenológico de Merleau-Ponty,
cujos dados foram analisados segundo o método de Amedeo Giorgi. Para análise
do sofrimento, foi aplicado o inventário IESSD proposto por Gameiro.
Resultados: Da análise qualitativa emergiram 5 categorias temáticas: a escuta
do indizível; a certeza de um futuro incerto; redimensionando o sofrimento de
“ex-sistir" com o câncer; a pergunta por que eu; e minha família, minha força.
As variáveis idade, gênero e escolaridade não interferiram nas médias de
sofrimento. Conclusão: Foi evidenciado que atitudes de negação e mobilização
defensiva, além de grandes investidas para extirpar o sofrimento ou encontrar
sua causa; minam a esperança, aniquilam a coragem e aumentam o sofrimento de
suportar uma doença, cujo declínio das funções orgânicas, é por vezes
inevitável. Em meio à crise, muitos pacientes se tornam mais próximos de Deus,
da família, e conseguem controlar o sofrimento, adquirindo forças para
suportar a jornada que se veem obrigados a trilhar. Implicações para a
enfermagem: Essas descobertas ajudam, sobretudo, no desenvolvimento de novas
estratégias e métodos de ensino para reduzir o sofrimento de pacientes em
quimioterapia na consulta de enfermagem.
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